Abrigo é necessário, mas formas de ajudar os animais são diversas

EDITORIAL -

Data 19/06/2020
Horário 04:15

Quem tem um bicho de estimação em casa sabe o quanto é bom ter esse fiel companheiro sempre por perto. Além de contribuir para a redução do estresse, da ansiedade e até mesmo da depressão, como já confirmado em pesquisas, animais como cães e gatos acabam dando um sentido a mais para a nossa vida, principalmente nestes dias tristes de pandemia. Claro que, cuidar de um animal requer muita responsabilidade, afinal, é preciso manter as vacinas em dias, alimentação e água na hora certa, banhos semanais, sem contar remédios e idas ao veterinário. Os gastos para os donos são grandes. Mas o carinho que recebem, compensa, com certeza, todo o esforço.

Quando tratado em casa, um cachorro sadio pode viver muitos anos. Nas ruas, porém, a expectativa de vida cai muito. Sozinhos e sem proteção, eles estão sujeitos a atropelamentos, agressões, doenças e envenenamento. Em diversas cidades brasileiras, existem diferentes grupos voluntários que atuam justamente nesta frente, tentando amenizar o problema e proteger os animais. As dificuldades encontradas pela frente, porém, são muitas. O número de animais abandonados é grande e os gastos maiores ainda.

Uma boa notícia, que traz certo alívio para os protetores de animais da cidade, conforme divulgado na edição de ontem deste diário, diz respeito à retomada das obras do Abrigo de Animais Municipal de Presidente Prudente. Previsto para ser entregue em janeiro, o espaço público, localizado na Rodovia Júlio Budiski (SP-501), precisou ter sua construção interrompida, após a morte do proprietário da empresa e consequente desistência da mesma perante problemas financeiros. Recentemente foi realizada nova licitação e as expectativas para a entrega do abrigo, que terá capacidade para receber entre 250 e 500 animais, seguem a todo vapor.

A conquista do espaço é uma luta antiga. Agora encontra-se em fase de acabamento e, quando concluído, recepcionará cachorros e gatos que estejam vulneráveis, precisando de acolhimento ou tratamento. Lá, além de serem castrados, receberão banho, vacinas, ração e, após consulta, remédios se necessário. Depois de tratados, eles deverão retornar ao seu lar ou encontrar um novo, se for o caso. É um abrigo de passagem, que vai ajudar? Sim, muito. Mas não é uma solução definitiva. Aliado a isso, é importante um trabalho de conscientização.

Sem contar que, mesmo quem não queira ter um animal em casa pode contribuir. Se não puder oferecer um lar temporário, ajude com doações. Ração, medicamentos ou uma contribuição em dinheiro a esses grupos são sempre bem vindos. Ao saber da história de um peludinho abandonado, divulgue em suas redes sociais. A adoção é um gesto de amor e também a garantia de um amigo fiel, disposto a estar sempre ao seu lado.

 

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