“De todos os hábitos saudáveis, o fator mais significativo e que traz mais impacto sobre a saúde e prevenção de doenças é a atividade física.” João Babbardodos Reis (médico, coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19 de SP).
Desde 1980 as academias começaram a se popularizar e se tornaram “templos de saúde”, onde afluem pessoas saudáveis para prevenir doenças e pessoas doentes para melhorar sua condição de saúde. Não obstante a valorização da estética dos corpos magros, malhados e musculosos, amplamente exibidos nas redes sociais, o mais significativo é o contingente que não busca o corpo perfeito para selfies e likes.
Nas 35 mil academias existentes no Brasil, onde treinam mais de 10 milhões de pessoas (Associação IHRSA), o maior contingente está cuidando da saúde, procurando emagrecer, diminuir o colesterol, controlar a pressão arterial, etc. Certamente, essas pessoas obtêm benefícios para si mesmas e, ao mesmo tempo, oneram menos os sistemas público e privado de saúde.
Mas chegou a pandemia em março e as academias fecharam, justamente porque há compartilhamento de equipamentos, integração social, respiração acelerada e vaporização de fluídos. Mas onde não há?
Algumas pessoas passaram a praticar em casa ou na rua. Mas não é igual. Principalmente, porque na academia há o profissional que acompanha o treinamento para execução correta, segurança e obtenção máxima dos benefícios. As pessoas precisam disso, inclusive para que fiquem mais seguras quanto ao potencial agravamento da Covid-19.
As academias se tornaram, por obra e risco de empreendedores, espaços para o condicionamento físico preventivo, onde os músculos são estimulados, estimulam os demais sistemas fisiológicos e estes se tornam mais eficientes e menos susceptível às doenças. Com a Covid-19, esse benefício ficou mais ainda em evidência, em contrapartida ao sedentarismo, sobrepeso e doenças crônicas. Enfim, as academias representam para as pessoas menor dependência do SUS (Sistema Único de Saúde) ou dos planos de saúde privados. Portanto, que as academias possam reabrir e continuar “cuidando da saúde” (curae de salute).