Cinco pessoas foram presas nesta quinta-feira, na capital paulista, durante a Operação “Chupa-Cabra”, deflagrada pela Polícia Civil de Palmital. Elas são acusadas de praticar furtos mediante fraudes, utilizando dispositivos que dão nome à ação, os quais eram utilizados pelos envolvidos para reter cartões em caixas eletrônicos de agências bancárias de oito cidades, entre elas, Adamantina, Junqueirópolis, Martinópolis, e Presidente Prudente.
“As investigações tiveram início após registro de ocorrência em 21 de setembro de 2024, na cidade de Palmital, revelando ao longo dos trabalhos uma associação criminosa organizada e itinerante, composta por sete indivíduos responsáveis por aplicar o chamado ‘golpe do chupa-cabra’”, ressalta a Polícia Civil. Até o momento, oito vítimas foram identificadas, das quais a quadrilha movimentou cerca de R$ 48 mil.
Além das ordens de prisão, oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos, “visando desarticular o grupo e interromper sua atuação criminosa”. A ação contou com 64 policiais, sendo oito equipes do Deinter-8 (Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior) e outras oito do Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital). Diversos dispositivos eletrônicos, como máquinas de cartão de crédito, bem como valores em moeda corrente, foram apreendidos.
“Após a conclusão dos trabalhos de Polícia Judiciária, os indiciados serão recolhidos a estabelecimentos prisionais, onde passarão por audiência de custódia, permanecendo à disposição da Justiça. A Polícia Civil destaca seu compromisso institucional no enfrentamento à criminalidade, na efetiva responsabilização de seus autores e na preservação da ordem pública”, comenta o órgão.
O golpe
O órgão explica que os investigados adulteravam caixas eletrônicos em agências bancárias com os dispositivos de retenção de cartões dos clientes. Enquanto o cartão permanecia preso no equipamento, as vítimas eram induzidas a ligar para falsas centrais de atendimento, sendo direcionadas para um criminoso, que obtinha as senhas.
“Isso gerava grandes prejuízos às vítimas. Cada integrante era responsável por uma função específica, desde a manipulação técnica dos terminais nas agências bancárias, abordagem das vítimas, até o próprio suporte logístico à prática criminosa para a fuga subsequente”, detalha.
“Diante da robustez probatória, e da continuidade das ações, foram representadas pelas medidas cautelares de busca e apreensão domiciliares cumuladas com os mandados de prisões temporárias, os quais foram autorizados pelo Poder Judiciário, com parecer favorável do MPE [Ministério Público Estadual]”, prossegue a Polícia Civil.

Foto: Deinter-8
Diversos dispositivos eletrônicos, como máquinas de cartão de crédito, bem como valores em moeda corrente, foram apreendidos durante operação
