Afinal, o que Prudente faria na ONU? 

OPINIÃO - Rogério Marcus Alessi

Data 24/09/2020
Horário 04:50

Nesta semana, a cidade recebeu a notícia de que a Fundação Inova Prudente foi a vencedora do Prêmio Raps de Inovação e Sustentabilidade, em que foram inscritos 88 projetos de todo Brasil. 
A Raps (www.raps.org.br) é uma rede de ação política composta por centenas de integrantes dos mais diversos setores da sociedade, que se articula para promover e divulgar ações que impactam positivamente a sociedade, especialmente aquelas que de forma direta contemplam ao menos um dos 17 ODS - Objetivos de Desenvolvimento Sustentáveis da ONU (Organização das Nações Unidas), a conhecida Agenda 2030. 
Pensando nisso, a ONG realizou uma espécie de concurso para escolher cinco projetos ligados aos conhecidos cinco P´s do Desenvolvimento Sustentável, aprovados por unanimidade em setembro de 2015 pelos países-membros das Nações Unidas, e que originou o documento “Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável”: Paz, Pessoas, Planeta, Parcerias e Prosperidade, sendo este último a categoria que se enquadrou a Fundação. 
De acordo com as regras desta competição, as ações da Inova Prudente evidenciaram contribuição para o desenvolvimento humano, social e econômico que resultam em prosperidade aos que dela participam, o que, na prática, promove o desenvolvimento econômico de um importante segmento de nossa economia: o da tecnologia e inovação.  
Mas na prática, qual a vantagem do prêmio? Ele dará direito a uma participação especial durante a COP-26, a Conferência Mundial do Clima da ONU, adiada para novembro de 2021 por conta da pandemia, e que vai acontecer em Glasgow, na Escócia. 
E por que isso seria relevante?  Não é só o ineditismo deste protagonismo prudentino que conta, mas a visibilidade - nesse caso mundial - que esta participação pode dar à cidade: apresentar as ações e resultados desta iniciativa num evento que reúne líderes mundiais pode ser a chave para abrir muitas portas, e inserir a fundação no radar de investidores, grandes empresas e até mesmo outras nações. Sem contar, claro, o incentivo para que outras cidades invistam em projetos similares. 
Ficou evidente, mais uma vez, que apoio ao empreendedorismo contribui para a prosperidade, e essa pode ser a grande saída em direção ao desenvolvimento das cidades, sobretudo em nossa região, que conta com um cenário favorável já que concentra os principais ingredientes de um ecossistema saudável e promissor: talentos empreendedores, mercado, academia e infraestrutura adequada com ações específicas e apoio do poder público. E isso, até a ONU parece estar interessada em conhecer.
 

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