Ainda é Advento

OPINIÃO - Sandro Rogério dos Santos

Data 13/12/2020
Horário 04:30

Estamos no Advento, tempo de expectativas, de conversão e de esperança. O Diretório sobre Piedade Popular e Liturgia anota: “expectativa-memória da primeira e humilde vinda do Senhor em nossa vida mortal; expectativa-súplica da última e gloriosa vinda de Cristo, Senhor da história e Juiz universal”. “Conversão, a qual frequentemente a Liturgia deste tempo convida pela voz dos profetas e, sobretudo, de João Batista: ‘Convertei-vos, pois o Reino dos Céus está próximo’ (Mt 3,2)”. Por fim, “esperança jubilosa de que a salvação já realizada por Cristo (cf. Rm 8,24-25) e as realidades da graça já presentes no mundo cheguem à sua maturidade e plenitude, quando a promessa se transformará em posse, a fé em visão e ‘nós seremos semelhantes a ele e o veremos assim como ele é’ (1 Jo 3,2)”.
Conforme as Normas sobre o Ano Litúrgico e o calendário, no número 39, “o tempo do Advento possui dupla característica: sendo um tempo de preparação para as solenidades do Natal, em que se comemora a primeira vinda do Filho de Deus entre os homens, é também um tempo em que, por meio desta lembrança, voltam-se os corações para a expectativa da segunda vinda do Cristo no fim dos tempos. Por este duplo motivo, o tempo do Advento se apresenta como um tempo de piedosa e alegre expectativa”.
A piedade popular é sensível à memória da preparação da vinda do Messias. No povo cristão está solidamente enraizada a consciência da longa espera que precedeu o nascimento do Salvador. Essa piedade exalta cheia de admiração quando o Deus da glória se fez menino no seio de uma mulher virgem, humilde e pobre. As pessoas são sensíveis às dificuldades que a Virgem Maria teve de enfrentar durante a gravidez e se comovem com o fato de não haver lugar na hospedaria para José e Maria quando estava para dar à luz o Menino (cf. Lc 2,7).
Ajudam a bem viver esse tempo alguns símbolos como a coroa do Advento, as procissões, as ‘têmporas de inverno’, a novena do Natal, o presépio – cujo costume é incentivado pelo papa Francisco na belíssima Carta Apostólica “Admirabile Signum” sobre o significado e valor do presépio. Não se pode celebrar o Natal do Senhor a não ser num clima de sobriedade e de alegre simplicidade e com uma atitude de solidariedade para com os pobres e marginalizados. A espiritualidade desse tempo torna as pessoas sensíveis ao valor da vida e ao dever de respeitá-la e protegê-la desde a fecundação. O Natal bem celebrado dependerá da preparação feita no espírito de espera ativa e simples cujo centro é Jesus e seu amor por nós.
Seja bom o seu dia e abençoada a sua vida. Pax!!!
 

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