Alckmin inaugura escola integral no Ana Jacinta

Na oportunidade, a diretora da escola, Marta de Andrade Primo Medes de Oliveira, explicou o funcionamento do sistema de captação d’água da chuva ao governador.

REGIÃO - Mariane Gaspareto

Data 09/02/2015
Horário 14:52
 

 

Jornal O Imparcial "É uma alegria vir a Prudente e inaugurar essa unidade que promove a sustentabilidade", pontua.

 

 

 

O governador Geraldo Alckmin (PSDB) inaugurou ontem a Escola de Tempo Integral Ana Jacinta, a primeira em Presidente Prudente que possui sistema de captação de água de reuso. O sistema abastece as descargas dos banheiros da escola com água da chuva e conta com um sistema de automação inteligente para as épocas de estiagem. O evento ocorreu em visita do governador à região realizada na manhã e na tarde deste sábado. Além de Prudente, Alckmin também esteve em Mariápolis, Lucélia, Pracinha e Osvaldo Cruz.

A Escola de Tempo Integral Ana Jacinta – que teve suas atividades escolares iniciadas na última segunda-feira - beneficiará cerca de 180 alunos em suas 11 salas de aula, atendendo estudantes do ensino fundamental e médio. Com investimento de R$ 41 milhões, a unidade tem, ao todo, 3.165,87 mil m² de área construída, com sala de leitura, de informática, refeitório e cozinha. Na oportunidade, a diretora da escola, Marta de Andrade Primo Medes de Oliveira, explicou o funcionamento do sistema de captação d’água da chuva ao governador.

Conforme Alckmin, esta é a quinta escola de ensino integral de Prudente, e seu formato proporciona aos alunos jornada igual ou maior do que 7h, e beneficia os professores com gratificação de 75% sobre o salário-base. "É uma alegria vir a Prudente e inaugurar essa unidade que promove a sustentabilidade", pontua.

Na visita, o governador também inaugurou mais duas unidades de ensino infantil que fazem parte do programa creche-escola, uma no Residencial São Paulo e outra no Parque Girassóis, cada uma com capacidade para 150 alunos e um investimento total de mais de R$ 2,6 milhões. Alckmin também inaugurou uma creche-escola em Mariápolis, orçada em R$ 1,5 milhão.

 

Protestos


Apesar da inauguração das escolas em Prudente, professores da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo) realizaram um protesto defronte ao prédio do Hospital Regional do Câncer de Presidente Prudente, cujas obras foram visitadas pelo governador ontem. Conforme a coordenadora regional da Apeoesp em Prudente, Ana Kuhn, o motivo foi a busca pela melhoria da qualidade do ensino no Estado. "Apesar de termos um piso maior do que o nacional, o rendimento na sala de aula cai pela excessiva quantidade de alunos nas salas de aula e pela falta de material para lecionar", ressalta.

Segundo publicação do sindicato da última quinta-feira, o governo estadual determinou o fechamento de aproximadamente 300 salas de aula que poderiam comportar 12 mil estudantes. Os cortes se dão no ensino médio e também no fundamental, e atinge os períodos da manhã, tarde e noite. A Secretaria Estadual de Educação informa que atende toda a demanda de alunos apresentada pelos municípios, informação contestada pela Apeoesp, que fez o levantamento. De acordo com o sindicato, a redução de salas de aula só tem uma justificativa: corte de gastos, o que poderia "precarizar ainda mais" a educação pública, com salas superlotadas. Uma assembleia será realizada em março, segundo Kuhn, que poderá decidir uma possível greve da classe profissional. 

Ao ser questionado sobre o protesto, em coletiva de imprensa Alckmin se limitou a dizer que nenhum governo do país investe tanto em educação como São Paulo, que destina 30% da arrecadação à pasta. "Os professores da rede estadual tiveram 21% de aumento real descontando inflação em minha gestão. A Apeoesp tenta fazer greve, mas não consegue justamente por não ter credibilidade junto aos professores", salienta.
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