Aldo Chiorato: uma criança, mas um herói de guerra

VARIEDADES - Oslaine Silva

Data 06/07/2016
Horário 10:59
 

A data, 9 de julho, Dia da Revolução Constitucionalista de 1932, foi transformada em feriado civil, marcando um dos principais episódios da história do Estado de São Paulo. De acordo com o chefe dos escoteiros do grupo Guayporé - que está prestes a completar seus 30 anos, Marcelo Costilho Jorge, a importância desse momento histórico está registrada em nomes de ruas, avenidas de cidades, monumentos como o Obelisco do Ibirapuera e principalmente no coração de quem carrega a história na memória.

Jornal O Imparcial Grupo Guayporé de PP está prestes a completar seus 30 anos

Como para o escotismo, a grande participação dos escoteiros na Revolução Constitucionalista de 1932, servindo a Cruz Vermelha Brasileira nos hospitais, nas atividades de logística, apoiando os homens na frente de batalha e entregando mensagens. Como o garotinho, Aldo Chiorato, de apenas 9 anos, aluno do Grupo Orozimbo Maia e um dos integrantes do Grupo Escoteiro Ubirajara, da Associação dos Escoteiros de Campinas.

No período, todo tipo de linha de comunicação fora derrubado e o único meio então eram as cartas. Como escoteiro da Comissão Regional de Campinas e agregado à Cruzada Escoteira pró-Constituição, o garotinho foi incorporado nas tropas paulistas, como mensageiro requisitado pelo coronel Mário Rangel. Pela sua vivacidade e simpatia, era grande a estima dos oficiais do Quartel General.

No auge da revolução, centenas de vidas já se haviam perdido e São Paulo resistia graças aos seus valorosos soldados e voluntários. Até que, em um desses ataques absurdos, em uma manhã do dia 18 de setembro de 32, Aldo é atingido por uma granada! Foram 13 estilhaços tirando sua vida. Treze são as listas na bandeira de São Paulo.

Marcelo se emociona, pois analisa: "Voltamos ao passado! Mesmo sendo uma criança ele já tinha essa consciência de democracia, de lutar por seus ideais. Bravamente, ele ali, morto, não largou seu embornal em que carregava as mensagens. Foi leal até a sua morte, a sua família, a sua terra, aos chefes escoteiros", salienta Marcelo.

 

Exemplo

Marcelo enfatiza que para o escotismo, Aldo é o exemplo que todo escoteiro deve ter. "Ele era uma criança, mas era sabedor dos seus deveres e direitos. Se não tiver história, não existe sociedade, não existirão jovens com boa formação. É preciso manter a história viva, é preciso saber o porquê dessa data ser tão importante", pontua o chefe dos escoteiros.

 

 
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