Allana e Mariah: como estão as gêmeas siamesas de Piquerobi, separadas por cirurgia em 2023?

Irmãs ainda passam por acompanhamentos frequentes, mas estão levando a vida com muita autonomia

REGIÃO - Cassia Motta

Data 21/08/2025
Horário 07:10
Foto: Cedida
O pai Vinicius - as gêmeas - e a mãe Talita
O pai Vinicius - as gêmeas - e a mãe Talita

As gêmeas siamesas de Piquerobi, Allana e Mariah, que nasceram unidas pela cabeça, têm hoje 4 anos e 6 meses de idade e uma vida pela frente. Após passarem por quatro neurocirurgias meticulosas em 2023, que resultaram na completa separação das cabeças, além de um procedimento cirúrgico em que foram inseridas bolsas de silicone abaixo do couro cabeludo e coleta de células-tronco, as irmãs vêm mostrando uma grande evolução, segundo a mãe Talita Francisco Ventura Cestari. “Elas estão superbem graças a Deus. A rotina da família voltou ao normal, estamos trabalhando normalmente e as meninas estudando”.

De acordo com Talita, as gêmeas continuam passando por acompanhamentos. “As meninas passam por acompanhamentos frequentes, mensalmente em Ribeirão Preto e fazem toda a reabilitação na Apae [Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais] de Santo Anastácio, onde podemos contar com uma equipe incrível de profissionais”. Por enquanto, segundo a mãe, nenhum novo procedimento será realizado.

Talita, com orgulho, conta que Allana já anda normalmente, e Mariah já começou a trocar passos. “As duas têm um bom equilíbrio, são muito espertas e inteligentes e realizam atividades com autonomia”.

Gratidão

Talita ressalta que é muito gratificante poder dividir toda a trajetória e evolução das meninas. “É muito lindo e gratificante escutar as pessoas, por onde a gente passa, falarem que sempre estiveram com a gente em oração. Somos gratos por tudo isso”.

Ela fala que a vida dela e do marido, Vinicius, passou por grande mudança. “A nossa vida mudou por completo hoje em dia. Somos pessoas diferentes hoje, enxergamos o mundo e as pessoas de outra forma. Trazemos com a gente um coração cheio de gratidão a Deus e esperança, e claro com uma fé ainda maior”.

“Piquerobi é uma cidade-mãe para todos”, afirma Talita. “Hoje em dia nós trabalhamos, então, conseguimos nos manter e cuidar das nossas pequenas, mas sabemos que se precisarmos todos irão ajudar novamente. Somos gratos a cada um e, principalmente, à nossa administração municipal, que nos dá suporte para levá-las aos retornos em Ribeirão Preto, e nas terapias que são custeadas pelo município”.

Para as famílias que possam estar passando por histórias difíceis como esta, Talita afirma: “Nunca percam a fé e a esperança. Tem dias muito difíceis. Mas, no tempo de Deus e perante a vontade Dele, a gente alcança tudo”.

Fotos: Cedidas


As irmãs Allana e Mariah de Piquerobi


Allana e Mariah passam por acompanhamento em Ribeirão Preto

Fotos: Arquivo

Allana e Mariah nasceram unidas pela cabeça 

Gêmeas siamesas passaram por quatro cirurgias meticulosas em 2023, até sua completa separação

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