Alunos da escola Fernando Costa são premiados por poemas de Haicai

Evento contempla a “1ª Mostra IE de Haicai e Mangá Toshio Kokitsu”, que além dos contemplados, certificou 35 estudantes

VARIEDADES - ANNE ABE

Data 19/10/2017
Horário 12:37
José Reis, 35 alunos foram certificados e 6 premiados com medalhas e troféus por seus poemas
José Reis, 35 alunos foram certificados e 6 premiados com medalhas e troféus por seus poemas

Com o objetivo de incentivar os alunos a se expressarem, por meio da literatura e da arte japonesa, a Escola Estadual Fernando Costa, mais conhecida como IE, de Presidente Prudente, promoveu na manhã de ontem a premiação da “1ª Mostra IE de Haicai e Mangá “Toshio Kokitsu”. No total, 200 alunos, dos 2º e 3º anos, participaram do concurso, ao inscrever seus poemas, dos quais 35 receberam certificados e seis foram premiados com medalhas e troféus.

Além de promover a leitura, literatura e uma cultura diferenciada, aprender o Haicai proporciona aos alunos uma ferramenta de expressão. De acordo com a professora responsável pelo projeto, Karina Silva Smerdel, a qualidade do resultado dos trabalhos apresentados surpreendeu a todos, ainda mais observando que os ganhadores foram os alunos mais tímidos, que usaram os versos curtos para se expressarem.

“É uma forma de promover a leitura e o acesso à arte. Com a premiação, os alunos ficam empolgados e se sentem mais motivados para participarem mais vezes”, ressalta a professora.

A seleção dos certificados e ganhadores ocorreu em duas etapas, conforme explica a Karina, sendo que a primeira foi uma pré-seleção realizada por ela mesma, que seguiu como critério a fidelidade com a estrutura e técnica do Haicai. A partir disso, os alunos participantes votaram em três obras que mais gostaram, sem saber a quem pertencia. Assim, após a somatória, foi possível ter os mais votados. Logo, os vencedores.

“Eles mesmos votaram nos colegas, isso foi o mais bacana”, alegra-se Karina.

 

 

“É uma forma de promover a leitura e o acesso à arte. Eles mesmos votaram nos colegas, isso foi o mais bacana”

Karina Silva Smerdel

professora

 

Enriquecimento do pensamento

Emprestando o nome para a premiação, o haicaista e diretor de arte da Acae (Associação, Cultural, Agrícola e Esportiva), Toshio Kokitsu, disse que se sentiu honrado, já que é um amante desse tipo de poema. Ele conta que tradicionalmente o Haicai, é um estilo que destaca a natureza, um momento e um ponto de vista. Contudo, os jovens apresentam um novo estilo para o Haicai, que se aproxima do lado mais romântico, o que representa uma forma de pensar diferenciada.

“Eles fogem da regra tradicional, mas a estrutura é a mesma, temos que respeitar o estilo de cada um. Passamos por muitas coisas na vida, que torna nossa visão mais apurada e enriquece o pensamento. Então, esses jovens podem se desenvolver ainda mais. O Haicai é uma poesia saudável e cultural”, avalia o haicaista sobre os trabalhos apresentados.

 

Escritores

Dentre os vencedores, surpreendida com o primeiro lugar, a aluna do 2º ano, Rebeca Elisa Gomes Rodrigues, 17 anos, conta que sempre gostou de poesias e achou interessante aprender mais sobre a técnica do Haicai, antes desconhecida. Com uma nítida timidez, Rebeca diz que, por meio dos versos, pôde “expressar o que sente e pretende continuar com esse estilo”.

O 2º lugar foi ocupado pela aluna Veronica Bittencourt Figueiredo, 19, que considera a posição um estímulo para participar das próximas edições. Além disso, relata que aprender esse estilo de escrita irá ajudar a escrever mais músicas, que é o que gosta de fazer. “Vou levar essa nova experiência para a vida”, completa Verônica.

Conquistando o 4º lugar, a aluna Isabella Balthazar Righeti, 17 anos, abordou o outono em seus versos, aproveitando que, quando produziu o poema, estavam passando pela estação. Dividindo a posição, a aluna Maria Fernanda Piovani Silva, 16 anos, conta que já gostava de fazer rimas sobre as coisas que via no cotidiano, como uma forma de exteriorizar suas opiniões. “Não sabia da premiação, acredito que é um grande incentivo aos alunos, para continuarem escrevendo”, opina Maria Fernanda.

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