Por se tratar de uma doença silenciosa e, muitas vezes, assintomática, a melhor forma de combater a diabetes e suas complicações é por meio da prevenção e diagnóstico precoce. Pensando nisso, mais de 300 pessoas que passaram pelo AME (Ambulatório Médico de Especialidades) do HR (Hospital Regional) Doutor Domingos Leonardo Cerávolo de Presidente Prudente, na manhã ontem, aproveitaram a ocasião para realizar testes gratuitos de glicemia e aferição de pressão e receber orientações sobre a patologia. De acordo com a enfermeira do Serviço Integrado de Qualidade em Saúde e coordenadora de Humanização do ambulatório, Carla Francisca Santos Neves, a ação aludiu ao Dia Mundial do Diabetes, lembrado no último dia 14, e visou convidar toda a população para verificar o nível de glicose no sangue, que não implica no diagnóstico da doença, mas contribui para a detecção de alterações.
A enfermeira denota que toda UBS tem uma linha de cuidados contra a diabetes e encaminha os pacientes caso haja a necessidade de um acompanhamento a longo prazo.
Segundo Carla, o nível considerado normal é de 70 a 120 mg/dL. Abaixo disso, configura-se a hipoglicemia, ao passo que a hiperglicemia se dá quando as taxas estão elevadas. "Durante os testes, se houvesse alguma alteração passível de intervenção médica imediata, o paciente seria encaminhado diretamente ao PS da unidade. Em outros casos, o indivíduo era orientado a procurar uma UBS para receber o devido atendimento e, se necessário, ser encaminhado ao HR", expõe. A enfermeira denota que toda UBS tem uma linha de cuidados contra a diabetes e encaminha os pacientes caso haja a necessidade de um acompanhamento a longo prazo.
Tendo em vista que o período de realização da campanha coincidia com o horário do café da manhã, Carla destaca que é normal os testes terem apontado algumas alterações. "De qualquer forma, os acadêmicos responsáveis pelo atendimento tinham todo o protocolo para saber quais são os casos que necessitavam de encaminhamento, destinando para o PS somente aqueles que apresentassem nível acima de 250 mg/dL. Nas demais circunstâncias, os pacientes recebiam glicose na veia ou, na ausência de café da manhã, eram orientados a comer alguma coisa para regularizar o nível de glicose no sangue", pontua.
Atendimento
A doméstica Marolita de Carvalho Gonçalves, 71 anos, esteve na tenda para fazer o teste de glicemia. "Eu achei a oportunidade muito boa, porque posso saber como anda a minha saúde", afirma. A também doméstica Maria Célia Mozart, 68 anos, achou a iniciativa "excelente". "Trouxe meu marido ao AME e aproveitei para realizar o teste, pois se um médico pede os exames, demora dias, enquanto aqui eu consigo na hora. Já faço e tenho o resultado", avalia.
A doméstica Irene da Silva já havia feito o teste de glicemia antes, mas não desperdiçou a chance de repeti-lo. "É preciso ter cuidado com a saúde. Além disso, esse exame é rápido e indolor", pondera. Já a doméstica Rosa Marins, 69 anos, acredita que o serviço contribuiu para atrair de forma espontânea a população. "Eu sempre faço esse teste, porque além de ser rapidinho, promove a prevenção da saúde", destaca.
