A bola laranja vai ao ar, nesta segunda-feira, a partir das 20h, no ginásio do PUM (Parque de Uso Múltiplo), para um amistoso nostálgico entre os atletas da velha-guarda do basquetebol prudentino: Veteranos Basketball Prudente versus Veteranos da Escola Estadual Hugo Miele/Sesi (Serviço Social da Indústria). O árbitro Sergio Cezario e o professor Mário Guarizi irão arbitrar a partida festiva.
Segundo um dos organizadores do evento e capitão da equipe do Hugo Miele/Sesi, Elizeu Silveira, 38 anos, o amistoso é uma festividade para reviver boas memórias dos praticantes do basquete em Presidente Prudente. O primeiro reencontro da rapaziada aconteceu em junho deste ano. “O pessoal não jogava há mais de 20 anos. A gente se reviu agora no meio do ano para o primeiro encontro e aí surgiu está ideia de em todas as férias estar fazendo o reencontro. Esse [jogo] vai ser o segundo”, relata Elizeu.
De acordo com o organizador, muitos atletas já não moram em Presidente Prudente e aproveitam o período de final de ano para realizar a peleja festiva.
Rodrigo Luís Trindade, 46 anos, conhecido no meio do basquete prudentino como Bigu, é diretor e atleta dos Veteranos Basketball. Apaixonado pelo esperte desde os 8 anos de idade, Bigu, quando jovem, jogou pela equipe da Apea (Associação Prudentina de Esportes Atléticos).
Depois desse período, o basquete virou passatempo, mas em 2018, dois amigos de Bigu – uma dupla de Andrés - resolveram montar uma equipe e convidaram Rodrigo. A partir daí, surgiu o Veteranos Basketball Prudente.
“Começamos com dez jogadores e amigos, hoje somos 35. É uma gratificação enorme em reunir a galera, pois muitos ficaram felizes em reencontrar os amigos e não jogava basquete há anos e hoje podem voltar a correr e suar a camisa, ou seja, tirar o stress do dia a dia”, conta Bigu sobre a formação da equipe de veteranos do basquetebol prudentino. Segundo ele, o pessoal se reúne todas as segundas-feiras no Ginásio de Esportes WatalI shibashi para “amassar o aro”. “A maioria é de 45 anos de idade, mas tem uns vovozinhos de 57 e 60 anos”, relata sob risos.
Sobre o amistoso desta segunda-feira, Bigu espera um reviver as boas memórias do passado no esporte. “A expectativa é muito grande em rever alguns amigos da época de escola pois, alguns residem fora da cidade e também com a presença de alguns professores, árbitros, técnicos da época e também familiares de atletas que estarão presentes. Será um evento que lembraremos do passado, quando jogávamos nas escolas, ou seja, será um grande jogo”, enfatiza o capitão do Veteranos Basketball Prudente.
Tanto Elizeu, quanto Bigu, ao conversar com a reportagem de O Imparcial, citaram o nome de Washington Gomes de Oliveira, 75 anos, como uma lenda do basquetebol em Presidente Prudente. Washington, que treina os Veteranos Basketball Prudente, é carinhosamente apelidado de professor Tom.
Como professor de Educação Física, Washington viveu os tempos áureos do esporte no município e também estará presente no amistoso nesta segunda. “O basquetebol é uma tradição ao longo dos anos, das décadas, em Prudente entorno de boas equipes, grandes eventos e atletas de projeção nacional que a cidade já teve. Era uma atividade muito rica antigamente há 30, 40 anos atrás”, pontua o professor Tom, que cita um trabalho conjunto na formação de equipes escolares entre as décadas de 70 e 80 que rendeu vultuosos frutos na prática do esporte no município.
“Ao longo do tempo, o que restou? Restou que aqueles antigos atletas e amantes do basquetebol, como é o caso do Veteranos Basketball Prudente, do qual eu sou técnico, que são garotos de 40 a 60 anos que fazem a prática do basquetebol às segundas-feiras no Ginásio Municipal. Tem o pessoal os veteranos da Escola Hugo Miele, da qual eu fui professor, que se reúne para fazer este encontro”, enfatiza Washington.
Para o professor, a realização do amistoso é uma maneira de manter vivo e reforçar o amor pelo esporte. O desejo de Washington é que isso seja refletido em outros esportes. “Precisamos fazer com que isso se repita nas outras modalidades esportivas também. Porque assim o esporte de Prudente se mantém entretido e os pais mantém os seus filhos na prática”, finaliza.
Cedida/Davi Aguiar
Muitos atletas já não moram em Presidente Prudente e aproveitam o período de final de ano para realizar a peleja festiva
