Anne Frank - Vidas paralelas

Bianca Garcia Polido

COLUNA - Bianca Garcia Polido

Data 29/07/2020
Horário 06:00

Novidade:

Recentemente a Netflix disponibilizou um documentário sobre o holocausto e Anne Frank. A obra conta os horrores sofridos pela garota, além de cinco sobreviventes que contam as experiências desse período. 

Historia:

Para quem não conhece, Anne era uma garota alemã de família judia, que fugiu para os países baixos no início do holocausto. Sua história é conhecida no mundo todo, pois ela escreveu toda a dor e sofrimento em seu diário. Anne morreu em 1945 no campo de concentração de Bergen-Belsen, por conta de tifo, uma doença comum em locais com baixa ou nenhuma higiene.

Documentário:

“Anne Frank – vidas paralelas” é uma produção italiana. A narrativa é guiada por Helen Mirren, através de relatos da garota e, do depoimento de cinco sobreviventes, sendo todas crianças quando começaram a ser caçadas pelos nazistas. Mas conta com uma visão muito íntima da desumanização que existiu na época. Além disso, a narrativa se inicia na jornada de uma jovem, em busca de conhecimento, onde ela vagueia pelos locais em que tudo aconteceu. Contando com uma excelente fotografia, que transita entre o atual e imagens da época (que acabam sendo no mínimo chocantes e angustiantes).

Vida:

A casa onde tudo aconteceu permanece até hoje como forma de mostrar a resistência, a expectativa que eles tinham em poder sobreviver a aquele inferno e também mostrando que o trauma pode ser repassado aos descendentes.

Debate:

As diretoras relataram que o projeto é uma tentativa de reacender o debate em relação aos horrores daquela fase, em um momento em que o negacionismo e a banalização “diminuíram” a importância da história. O que torna o crime diferente dos outros é que o agressor era a sociedade mais avançada da civilização ocidental, que não poupou esforços em documentar as atrocidades e experimentos que realizavam naquele período.

Filme:

Mostra como a garota desenvolveu o pensamento crítico em isolamento, onde ponderava sobre a política e o que acontecia no mundo. Há também o destaque quanto às vivencias e os sentimentos dos sobreviventes que são posicionados de forma que a narrativa proposta se enriqueça a cada cena apresentada. Filmes sobre o holocausto não são difíceis de encontrar, mas nesta enorme lista, destacam-se “A lista de Schindler”, “O zoológico de Varsóvia”, “A vida é bela” e “O pianista”.

Importância:

A obra mostra a necessidade de denúncias contra crimes humanitários e o combate ao legado sombrio. A ferramenta do desconforto é muito bem empregada para demonstrar que a história não pode ser repetida. É desolador, triste e com uma beleza única!
 

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