Foram 31 dias de internação em decorrência da Covid-19. Dois meses após receber alta médica do Hospital Iamada, em Presidente Prudente, Antenor Ferreira Pavarina, 64 anos, voltou a sorrir ao lado da família. Mesmo diante do sofrimento vivenciado pelo agravamento do novo coronavírus, descoberto no começo de junho, conta que sempre manteve o pensamento positivo. “O tempo todo tive a certeza de que iria vencer a doença”, afirma.
O delegado aposentado, atualmente, professor universitário, conta que os primeiros sintomas surgiram em 8 de junho. Com o corpo debilitado e uma certa alteração na voz, procurou um pneumologista que o medicou. No entanto, ao anoitecer sentiu piora com o surgimento da febre e, no dia seguinte, passou por exames laboratoriais solicitados pelo infectologista Paulo Mesquita, que confirmou a Covid-19. A imediata internação correu no mesmo dia.
“Fiquei hospitalizado por um mês, sendo 16 dias na UTI [Unidade de Terapia Intensiva], dos quais 14 foram intubado”, lembra Pavarina.
“O diagnóstico de Covid e a consequente internação, por ser uma doença nova, é muito preocupante, o que gera uma certa insegurança. Mas, a confiança no profissional de saúde competente fez com que tudo se tornasse possível e a cura pudesse acontecer”, comemora.
De acordo com o professor, o comprometimento do corpo clínico do hospital fez toda a diferença, o que chamou sua atenção.
“Médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, todos atenciosos e dedicados, encarando a profissão como uma missão. Isso é fundamental pra que os pacientes se sintam amparados”, considera. “O tempo todo tive a certeza de que iria vencer a doença. As orações, a energia positiva de todos e a fé em Deus me sustentaram”.
Depois de passar duas semanas em coma induzido, o corpo ficou debilitado. A fase da ventilação mecânica é a que Antenor considera “muito complicada”. Devido ao estado de saúde, perdeu 15 quilos de massa muscular, e foi preciso reaprender a falar e caminhar.
“Os danos físicos, neurológicos, psicológicos, são evidentes. Felizmente, me recuperei sem sequelas”, comemora.
Já em casa, recebe o carinho da esposa Denize e dos filhos, Eduardo, Adriana e Gabriela, o que ajudou na recuperação, que exigiu intenso tratamento fisioterápico
. “Ainda estou no processo de fortalecimento muscular. A família, os amigos, as pessoas queridas, próximas ou distantes, são fundamentais nesse processo, pois sentir-me amado pelas pessoas queridas fez toda a diferença”.
Cedida - Apoio da família foi importante no processo de recuperação
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