Aperto

Sandro Villar

O Espadachim, um cronista que dá um boi para não entrar numa briga e uma boiada para sair.

CRÔNICA - Sandro Villar

Data 18/07/2021
Horário 07:00

Com a mulher viajando, o Nicolino resolveu dar "umas bandas", já que estava na condição de marido em férias conjugais, se é que existe este tipo de férias. E partiu pro rolê, como diz a moçada hoje em dia. Ou foi biscatear mesmo.
Foi passear pela cidade com seu carrão importado, que tem mais de 200 cavalos debaixo do capô. Ao passar por uma rua movimentada, apinhada de gente, uma linda mulher lhe chamou a atenção.
Trocaram olhares e, então, ele estacionou o possante e abordou a bela transeunte, um mulherão de fazer padre largar a batina e pastor abandonar o púlpito.
"Nicolino, muito prazer!", falou o paquerador. "Lorena!", respondeu a mulher, uma morena estonteante, que deixou o rapaz tonto. "Já almoçou?", perguntou Nicolino. "Não!", respondeu Lorena de um jeito lacônico. Tímida, ela era de pouca conversa.
A mulher aceitou o convite para almoçar no restaurante de um shopping onde também havia um supermercado. O casal se acomodou e comeu do bom e do melhor.
Nicolino estava mais ansioso do que o Neymar em jogos decisivos da Seleção. Nervoso pra caramba, parecendo passageiro de viagem espacial. O sujeito padecia desse treco que os psicólogos chamam de síndrome do pânico.
Bem que ele tentou se controlar e até pensou em pedir ao garçom um suco de maracujá, mas tal atitude pegaria mal. "Ela vai pensar que sou um babaca", imaginou.
Foi aí que Nicolino teve a ideia de jerico de tomar o suco de maracujá no supermercado para se acalmar. O supermercado ficava ao lado do restaurante. Ele pediu licença à acompanhante, deu uma desculpa qualquer, e rumou para o supermercado atrás do bendito suco.
Depois de passar por várias gôndolas, finalmente achou o setor de sucos naturais, que têm mais água do que suco propriamente dito. Ali mesmo abriu uma garrafinha de suco de maracujá concentrado e bebeu tudinho. 
Talvez por ser concentrado, bem natureba e quente, o suco logo fez efeito. Nicolino teve uma baita dor de barriga. Se desesperado estava, mais desesperado ficou. Ele não sabia o que fazer. O anel de couro estava prestes a abrir.
Depois de pagar pelo suco, o sujeito descobriu uma saída lateral e se mandou. Foi pra casa. No trajeto não deu pra segurar. A "coisa" começou a sair e lhe sujou a cueca e as calças.
Enquanto dirigia mais "barro" saía. Ao chegar em casa abriu o portão rapidamente, largou o carro na rua e foi em disparada para o banheiro que ficava nos fundos. Até chegar ao "trono" deixou um rastro de, digamos, excremento para trás.
Um alívio! E a mulher que estava com ele no restaurante? Ela esperou sentada e, por fim, pagou a conta e foi embora. A morena foi embora e a outra, a esposa, voltou, encerrando as férias conjugais do marido, que levou a maior bronca por não ter feito corretamente a limpeza do banheiro.  

 

DROPS

O bom cabrito é o que berra.

Manda quem pode, obedece quem é alienado(dependendo do caso, claro!).

Estradas da Alta Sorocabana e da Alta Paulista cheias de praças de pedágio. Viaje de bicicleta.

Não há fome no Brasil. As pessoas comem com os olhos.

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