Apesar de recuo de 91%, em março, saldo de novos empregados em Prudente é de 843, em 2025

Economista Adriano Machado Santos explica que leitura de janeiro a março, ou seja, o acumulado anual, demonstra uma economia em crescimento na cidade

PRUDENTE - MELLINA DOMINATO

Data 03/05/2025
Horário 04:04
Foto: Freepik
Prudente somou 843 novos contratados, na indústria (150), comércio (59) e serviços (693), no 1º trimestre
Prudente somou 843 novos contratados, na indústria (150), comércio (59) e serviços (693), no 1º trimestre

O saldo entre as contratações e demissões, em Presidente Prudente, recuou 91%, ao passar de 576 novos empregados, em fevereiro, para 48, em março. Isso significa que, no terceiro mês de 2025, foram 2.970 admissões diante de 2.922 desligamentos. Os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados pelo Ministério do Trabalho, indicam que, dos cinco setores analisados, agropecuária, indústria e construção registraram resultados negativos. O economista Adriano Machado Santos explica, no entanto, que uma leitura de janeiro a março, ou seja, o acumulado anual, demonstra uma economia em crescimento na cidade, com saldo positivo de 843 novos ocupados.

O maior saldo negativo, em março, de menos 75 empregados, ficou para a construção, aponta o Caged, com 189 admitidos e 264 desligados. A indústria vem na sequência, com menos 52 vagas, diante de 400 contratações contra 452 demissões. Em terceiro, com menos seis colaboradores, figura a agropecuária: 49 admissões e 55 desligamentos.

Destaque positivo de fevereiro, o setor de serviços seguiu na liderança com maior saldo, de 149 novos trabalhadores, em março: resultado de 1.407 admitidos e 1258 desligados. Já o comércio somou 32 novos contratados, diante de 925 contratações e 893 demissões.

Cenário positivo

Adriano pontua que, ao considerar o primeiro trimestre, Prudente somou 843 novos contratados, nos setores da indústria (150), comércio (59) e serviços (693). Resultado negativo, no entanto, para a agricultura (-22) e construção (-37).  “Ao levar em conta um município de 230 mil habitantes, uma queda aqui de menos 60 pessoas é totalmente irrelevante. O restante já é bem positivo, se a gente está falando aqui de mais de 800 postos de trabalhos a mais aí na indústria, no comércio e serviços. É um movimento da economia. A gente tem aqui uma economia que, apesar da inflação e do demais desafios, como juros altos, etc., está crescendo”, esclarece. 

O economista ressalta que o fato do comércio e o setor de serviços absorverem maior número de funcionários é uma característica do próprio oeste paulista. “São os mais preponderantes, então, vão ter um avanço maior. Uma leitura aqui, basicamente, de como a economia está indo bem, é que o comércio e serviços vão muito bem, porque é o que é mais representativo aqui na região”, detalha. 

Para o especialista, o movimento da indústria no primeiro trimestre “foi bom também e isso é positivo”. “E a gente está em linha também com a tendência estadual e nacional. Se a gente pegar aqui o total do país, só no mês de março, aumentou quase nada: 0,15%. Mas, a agropecuária também teve uma queda e, nesse caso, você vê no nacional. O comércio caiu, a indústria aumentou, a agropecuária caiu, a construção aumentou quase 1%. Então, foi um movimento pontual da nossa região mesmo”, finaliza.

Reprodução/Caged


Saldo entre as contratações e demissões, em Prudente, em março, por setores

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Economista: “Num município de 230 mil habitantes, queda de menos 60 empregados é irrelevante”

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