Apontados em ação negam fraude e aguardam notificação

REGIÃO - MELLINA DOMINATO

Data 20/01/2017
Horário 10:02


A prefeita de Presidente Epitácio, Cássia Regina Zaffani Furlan (PRB), se posicionou ontem sobre a liminar que determinou o bloqueio de seus bens, bem como de seu esposo, o ex-prefeito José Antônio Furlan, além da ex-secretária municipal de Assistência Social, Dulce Mara Rizzato Menezes, e de José Luiz Tedesco, pai do ex-vereador e atual vice-prefeito, José Carlos Botelho Tedesco (PV). Por meio da Assessoria de Imprensa da Prefeitura, declara que a ação não se refere a qualquer ato por ela praticado na condição de prefeita, visto que  tomou posse em janeiro deste ano.

"Assim, somente após ser citada e tomar conhecimento efetivo de tudo o que há no processo é que poderei me manifestar plenamente, com conhecimento de causa, exercendo o contraditório", pontua a chefe do Executivo. Já seu esposo, Furlan, diz que também não foi notificado da liminar e não teve acesso aos autos. Esclarece, no entanto, que a ação se trata de um fato ocorrido em 2012, quando a Prefeitura locou um imóvel por nove meses, cujo aluguel era de R$ 800 ao mês. "O que posso te adiantar é que o funcionário citado pelo MPE se trata de um assessor de confiança de antiga gestão, que não está há décadas no cargo, e que provavelmente não era a pessoa responsável pelo Fundo Social na época", diz. "Posso adiantar ainda que não houve dano ao erário público, uma vez que foi utilizado, mas não para atendimento ao público", ainda alega.

O vice-prefeito José Carlos lembra que não é parte no processo, mas, em nome de seu pai, encaminhou um posicionamento à reportagem. Nesta, José Luiz declara que também não foi citado sobre a liminar e não teve acesso às informações dos autos "para contradizer a versão do MPE". "Independente disso, posso dizer com absoluta convicção de que não houve qualquer irregularidade na contratação do aluguel de imóvel de minha propriedade pela administração municipal", destaca. Expõe que a locação do imóvel foi precedida de avaliação por parte de uma comissão formada por funcionários da administração municipal. "Afirmo que, de minha parte, não houve qualquer irregularidade na contratação, tampouco houve conluio algum, razão pela qual sei que a Justiça, após conceder a mim o direito ao contraditório, o que até esse momento não aconteceu, se posicionará da mesma maneira", comenta.

"Quanto à insinuação de que a locação do imóvel se deu em razão de meu filho ser vereador à época dos fatos, tenho a dizer apenas que ele exerceu três mandatos de vereador, foi duas vezes presidente da Câmara Municipal e tem, portanto, mais de 12 anos de vida pública, sendo essa locação a única relação negocial que mantive com a Prefeitura em todo o período em que ele exerce cargo público. Sendo assim, também descabida de crédito tal versão", completa José Luiz.

A ex-secretária municipal de Assistência Social, Dulce Mara Rizzato Menezes, também foi procurada pela reportagem para comentar as acusações. No entanto, até o fechamento desta edição, não houve resposta.

 
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