Após duas décadas - "Castelo Rá-Tim-Bum" segue com sucesso e ganha musical

Espaço infantil

COLUNA - Espaço infantil

Data 05/10/2017
Horário 11:57

FOLHAPRESS

Quando o porteiro de "Castelo Rá-Tim-Bum" dava passagem com seu bordão "klift kloft still, a porta se abriu", mal se imaginava quantos caminhos a série de televisão infantil iria trilhar. Um dos produtos de maior sucesso da TV Cultura, "Castelo" catapultou a audiência do canal na faixa das 19h, atingindo 12 pontos no Ibope (contra três de programas anteriores). A emissora chegava a disputar a vice-liderança do horário com o SBT, então exibindo o jornalístico "TJ Brasil".

Foram apenas 90 capítulos, além de um especial de Natal, exibidos entre 1994 e 1997. "Ninguém tinha pretensão alguma com a série, era quase uma ação entre amigos", afirma o ator Cassio Scapin, que interpretava o bruxinho Nino.

 

ARTE EM CENA

“Brinquedos de Palavra”

Data: domingo

Horário: 15h

Local: Bosque do Sesc Thermas

Entrada: gratuita

 

OFICINA

Bombom de Leite Ninho Recheado”

Data: domingo

Horário: 16h

Local: Quiosque do Sesc Thermas de Presidente Prudente

Inscrições: gratuitas, na Central de Atendimento

 

COLEÇÃO RUTH ROCHA

Jornal O Imparcial

 

Reunimos nesta coleção 4 livros da querida Ruth Rocha. São histórias de morrer de rir e também de aprender. Os personagens se metem em enormes encrencas e escapam com muita sorte, como no livro A Menina Que Não Era Maluquinha. E também brigam para receber mais atenção de seus pais, como em O Menino Que Quase Virou Cachorro. E descobrem muita coisa sobre o petróleo e seus derivados com um monstrengo desengonçado em Meu Amigo Dinossauro.

 

Ficha técnica

Autora: Ruth Rocha

Editora: Melhoramentos

Páginas: 40

Preço: R$ 59,90

 

A BIBLIA DAS MENINAS

Jornal O Imparcial

 

Um dos maiores desafios de uma mãe é contribuir para o crescimento espiritual de sua filha, orientando-a e incentivando-a a trilhar os caminhos da vontade de Deus. Ao mesmo tempo toda mãe quer se sentir próxima e presente na vida de sua filha. Com base nisto, A Bíblia das Meninas apresenta um conceito de estudo bíblico inovador, dinâmico e participativo. Cada tema é apresentado por meio de uma história, contada sob a ótica de uma personagem bíblica feminina. No final de cada história, as seções Tornando-se uma Mulher de Deus e A Vez da Mamãe abrem espaço para que a mãe e filha compartilhem experiências, emoções e sentimentos, fortalecendo o amor e a cumplicidade entre elas, e estreitando os laços de comunhão com o Pai. O resultado é que, a cada história, mãe e filha vão aprofundando seu relacionamento, enquanto descobrem o plano de Deus para sua vidas.

 

Ficha Técnica

Autor: Carolyn Larsen

Editora: Mundo Cristão

Páginas: 359

Preço: R$ 44,90

 

Artista do Dia

Aluna: Yasmin Peruzzi Valle

 

Escola Estadual Maria Luiza Formozinho Ribeiro

 

Em um mundo cheio de realidades,

Sonhar com a fantasia é:

Não se deixar levar pela maldade,

Nem esperar chega a idade.

 

Olhar para trás e ter orgulho

É melhor que olhar para frente

e não ver futuro

Há pessoas mau-caráter

que querem ver p bem da gente.

 

Mas melhor que elas, nem pensar em sonhar,

Assim a manipular do que a honrar.

Nesse mundo de máscaras,

a caírem a qualquer hora.

 

E o medo de cair, é quem não acredita nessa história.

A nossa mente é infinita,

Nela, a imaginação, frustração, felicidade, emoção e ilusão.

As pessoas mais felizes não acreditam nelas, e sim no coração.

 

Olhar para o mundo e sonhá-lo sem falsidade

Coberto pela maquiagem;

Ou olhar para o céu e vê-lo azul,

Até as flores do jardim virarem cinzas?

 

Não devemos ficar parados,

Notar os mínimos detalhes da vida.

Notar no humor do porteiro ranzinza,

E diferenciar o "Oi" de seus amigos figurinistas.

 

Enfim, a realidade é como a vida,

Um teatro sem roteiros que não permite ensaios.

Quando a cortina se abre

Deixamos de lado a fantasia e vivemos a verdade.

 

Mas "Castelo", que mesclava um universo de magia a quadros educativos, rendeu muitos produtos. Após o fim do programa, o elenco original se reuniu no teatro, numa peça encenada por cinco anos.

Em 1999, Cao Hamburger, idealizador (ao lado do dramaturgo Flávio de Souza) e diretor da série, levou a trama ao cinema e, desde então, algumas mega-exposições recriaram cenários e figurinos, além de livros, brinquedos e outros produtos licenciados.

Agora, o universo de "Castelo" ganha uma versão musical e em outubro Scapin retoma o papel do garoto feiticeiro no monólogo "Admirável Nino Novo" (leia ao lado).

É algo já feito no teatro por outros atores do elenco original, como Rosy Campos com sua bruxa Morgana ("A Saga da Bruxa Morgana e a Família Real") e Angela Dip com a jornalista Penélope ("Penélope, a Repórter Cor-de-Rosa").

A Cultura não divulga o retorno financeiro da série, mas a produção orçada à época em US$ 1,2 milhão continua atraindo fãs, muitos saudosistas que cresceram vendo o programa. "Passei a encontrar muito adulto que gostava de 'Castelo' quando era criança", comenta Scapin.

A exposição com objetos e figurinos de "Castelo" realizada em 2014 pelo MIS paulistano foi a de maior público do museu: recebeu mais de 400 mil pessoas nos sete meses em que ficou em cartaz. Havia filas de até seis horas para entrar na mostra.

No mesmo ano, quando começou a reprisar a série, a Cultura teve um crescimento de 67% na sua média de audiência no horário noturno.

 

Gerações

Os derivados de "Castelo" buscam o filão do chamado "family entertainment" (entretenimento para toda a família) com um quê de saudosismo, algo similar ao feito no último semestre com o musical "Carrossel", versão da novela infantil exibida pelo SBT.

"Queremos atingir a criança dos anos 1990 [atualmente adulta] e a de hoje", diz Léo Rommano, diretor de "Castelo Rá-Tim-Bum - O Musical".

Para o espetáculo, o dramaturgo Juliano Marceano criou uma história nova inspirada no universo da série. Começa com o aniversário do bruxo Nino (papel de Roberto Rocha), que logo precisa entender os próprios poderes para lidar com sua magia.

A produção da 4Act, autorizada a captar R$ 5,8 milhões via Lei Rouanet, teve parceria da Cultura, que cedeu os arquivos do programa e sugeriu mudanças na criação.

Nenhum dos atores foi da série, mas seus tipos físicos e suas interpretações lembram os do elenco da televisão.

E muito do original está ali: cenários e figurinos são quase uma reprodução do programa; os bonecos são assinados por Jésus Sêda, que criou as marionetes da TV; quase todos os personagens surgem no palco, mesmo que em passagens rápidas, que apenas aludem a seus papéis na série. Para a trilha sonora, Paulo Ocanha criou músicas novas e manteve antigas, como a do ratinho que toma banho (de Hélio Ziskind). Já a canção de abertura da série (criada por André Abujamra) foi mesclada a uma nova. As mágicas do garoto bruxo e de seus tios feiticeiros, Morgana (Alessandra Vertamati) e Victor (Rodrigo Miallaret), são acompanhadas de efeitos como voos no palco.

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