Após quase dois meses de férias, pelo menos 73,5 mil alunos das instituições de ensino estaduais, municipais, superiores, técnicas e particulares de Presidente Prudente retornaram às aulas ontem, para o início do ano letivo de 2016. O momento, conforme os alunos de algumas dessas unidades, representa "o princípio de novos desafios e a continuidade dos objetivos escolares".
Vale lembrar que, com base nas médias do Idesp (Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo), para os 23,4 mil alunos prudentinos do 2º ano do ensino fundamental à 3ª série do médio, da rede estadual de ensino, já nos primeiros dias de atividades serão aplicados ensinamentos quanto à nova edição da AAP (Avaliação Aprendizagem Processo), exame obrigatório em cada uma das 26 escolas estaduais instaladas no município. A prova é realizada duas vezes ao ano e tem como finalidade diagnosticar o nível de aprendizado de cada matriculado, com base no conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São Paulo. "Será uma das prioridades para a rede", afirma a dirigente regional substituta da Diretoria de Ensino da Região de Presidente Prudente, Alice de Aguiar Filgueiras.
Sala cheia na Escola Estadual Mirella Pesce Desidere marcou o primeiro dia de aula
Já conforme a Seduc (Secretaria Municipal de Educação), responsável por 62 escolas municipais, distribuídas em educação infantil (com alunos de zero a 5 anos), e ensino fundamental do ciclo 1 (com estudantes do 1º ao 5º ano), que totaliza pelo menos 16 mil alunos, a primeira semana de aula tem como objetivo a adaptação e adequação do ambiente escolar, com sequência em avaliações diagnósticas, "para observação das aprendizagens e planejamento das ações pedagógicas".
Por sua vez, as demais 66 organizações presentes na cidade, divididas em cinco instituições de ensino superior, 60 particulares e uma técnica – que juntas somam pelo menos 34 mil alunos -, seguirão calendários individuais, exceto a FCT/Unesp (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista), que inicia suas aulas no dia 6 de março, devido à greve realizada em 2015.
A fim de facilitar o trabalho das equipes gestoras estaduais, a Secretaria de Estado da Educação colocou no ar uma nova versão da plataforma online "Foco Aprendizagem". De acordo com Assessoria de Imprensa da pasta, a ferramenta tem o intuito de proporcionar um diagnóstico mais preciso sobre as habilidades e competências por disciplina a partir do Saresp (Sistema de Avaliação e Rendimento Escolar do Estado de São Paulo). "A proposta é que o ‘mapa’ obtido seja referência na organização dos planos de aula e nos projetos de reforço de conteúdo", aponta o órgão. A plataforma pode ser conferida pelo endereço http://focoaprendizagem.educacao.sp.gov.br.
Em relação às demais unidades, como as particulares, por exemplo, cada uma delas, segundo os respectivos representantes, contam atualmente com o apoio de um site institucional, que os direcionam para as diferentes plataformas e opções de ensino.
Estudantes
Para estudantes da Escola Estadual Mirella Pesce Desidere, o primeiro semestre de 2016 possui sinônimo de "dedicação". Como é o depoimento de Henrique Teles, 18 anos, aluno do 3º ano do ensino médio. Segundo ele, por ser o último período escolar, este "deve ser frequentado com disposição e sabedoria".
É o que também diz a aluna Maria Eduarda da Silva, 17 anos. Conforme ela, o objetivo no vestibular para o curso de Educação Física é a "prioridade" durante o semestre que se inicia. "Com certeza é uma das séries mais importantes", comenta.
SAIBA MAIS
IDESP
De acordo com a Assessoria de Imprensa da pasta estadual, com as médias divulgadas pelo Idesp, São Paulo obteve em 2015 o melhor resultado em oito anos de avaliação em Língua Portuguesa e Matemática. No ciclo 1 do ensino fundamental, a taxa foi de 5,25. No ciclo 2 do fundamental, alcançou 3,06; e, no ensino médio, 2,25. Foram exatamente com esses números em mãos e os índices por escola que diretores e professores se reuniram nos últimos dias e delinearam as estratégias por turma e ciclo.
