Ari Perdomo traz ouro do Mundial de Jiu-jitsu

Atletas da região de Prudente fizeram bonito na competição, realizada no último final de semana, no Ginásio Mauro Pinheiro, no Ibirapuera, em São Paulo

Esportes - OSLAINE SILVA

Data 31/07/2019
Horário 07:16
Cedida - Ari Perdomo finalizou seu oponente com um triângulo na final, em 10 segundos
Cedida - Ari Perdomo finalizou seu oponente com um triângulo na final, em 10 segundos

O retorno dos atletas do Campeonato Mundial de Jiu-Jitsu Esportivo pela CBJJE (Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu Esportivo), realizado no último final de semana, no Ginásio Mauro Pinheiro, no Ibirapuera, em São Paulo foi mais que satisfatório.  Entre os vários atletas da cidade que foram para o evento, Ari Perdomo Leite, que luta na categoria master 3 pesado (faixa roxa), foi o que conquistou a tão almejada medalha de ouro. O lugar mais alto do pódio.

A equipe qual Ari integra, a M4BJJ – Nova União – foi representada por mais oito atletas, sendo quatro do professor Fagner Tateisi, como o próprio Ari. Além de Vinícius Góes, categoria master 1 super pesado (faixa roxa), que foi vice-campeão, Paulo Cesar Lourenço, que ficou com a 3ª colocação na categoria master 2 leve (faixa azul), e Gabriel Gasparin, que terminou a competição em quinto lugar na master 1 pluma (faixa marrom).

Os demais são alunos do professor Márcio Mendes. Climério Costa, que luta pela categoria master 2 (faixa preta) pena, além de Rodolfo Zanin, vice-campeão na master 3 (faixa preta) leve, William Campanaro, 3º colocado na categoria master 3 super pesado (faixa roxa), Marcelo Marques, 3º colocado na adulto meio pesado (faixa azul), e João Vitor Miranda, vice-campeão na infantil B (faixa laranja) pluma.

“Essa conquista era um desafio pessoal, pois por quatro anos, desde 2015, fiquei com a prata e o bronze. O atleta que venci se chama Adriano Sartori, também brasileiro, aluno da academia Alliance, consegui finalizá-lo em 10 segundos com um triângulo”, explica Ari.

Emoção

A noite de ontem foi emocionante para os atletas da equipe Navarro Team, que treinam na academia Exclusive Fight Fitness, em Prudente. Lucas Porto e Fernanda Sobreiro que foram graduados para faixa azul e marrom, respectivamente. Fernanda não aguentou a emoção e chorou enquanto o sensei Nilson Nunes, de 53 anos, faixa preta que trouxe do Mundial o bronze na categoria master 5 meio-pesado, colocava a faixa em volta de sua cintura.

“Essa graduação tem gosto de superação. Superação de sacrifícios quais tive que passar para fazer o que gosto. Superação de problemas pessoais, dificuldades financeiras, problemas de saúde na família... Tudo foi superado entre a faixa roxa e essa marrom, agora. E olha que já estava muito feliz com o resultado gratificante do Mundial, com a prata no absoluto e o bronze na categoria. Pude perceber o que me falta para chegar ao topo do pódio, fiz amizades, lutas duríssimas, ouvi algumas histórias de vida e superação e todas elas voltadas ao jiu-jitsu, que é minha história também”, exclama a lutadora.

Dedicação

Foi assistindo a uma luta de Ariane Sorriso, que estreia no UFC (Ultimate Fighting Championship) no próximo dia 10, no Uruguai, que ele pegou gosto pelo jiu-jitsu. Ele é só um menino? Longe disso. Lucas Porto, que mora em Álvares Machado, trabalha duro e treina forte quando está no tatame. E os resultados dele falam por si só. O jovem atleta, que voltou do Mundial com um bronze, destaca que a graduação tão sonhada, mesmo ele ainda não tendo a idade, é fruto de muito suor.

“Para chegar até aqui precisei me dedicar muito mesmo. Essa faixa azul foi realmente uma das melhores surpresas que já tive. É mais um degrau na minha carreira”, comemora o jovem, que tem apenas 15 anos, um a menos da idade de quem chega a faixa azul.

Para quem é leigo, que não sabe esse tipo de detalhe desta arte marcial, Lucas explica que existem regras de graduação que nivelam os lutadores de acordo com sua experiência, dedicação e tempo de treinamento. “No meu caso, tenho as faixas infantis: cinza, amarela, laranja e verde. Já para adultos, acima de 16 anos, são branca, azul, roxa, marrom e preta. Quando falo que batalhei muito para chegar na azul, é pelo fato de ter sete anos de treino e quase quatro na verde [por eu não ter idade para passar]. A roxa, marrom e a preta eu não sei descrever ainda o sentimento de ter elas em minha cintura, mas quando eu tiver, com certeza eu ficarei tão feliz quanto conquistar esta azul”, garante ele, que se prepara agora para estar em agosto no Circuito do Interior, em Bauru. E em setembro, no Open Maracaí.

No Mundial, Lucas lutou nas oitavas com Enhzo Tatsuya, nas quartas com João Pedro Nisa e na semifinal acabou perdendo para Murilo Mendes, atleta da Cícero Costa, uma das melhores academias, segundo o atleta prudentino que veio até O Imparcial agradecer o apoio e mostrar à reportagem a sua medalha de bronze.

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