Pensei cá coma minha braguilha (epa!) e descobri um sem-número de fêmeas famosas que atendem pelo nome de Rita. Tem Rita a dar com pau, Rita pra mais de metro e, claro, brinco ao me expressar deste jeito. Vamos ao ponto e vírgula ou ao que interessa e chega de enrolação, cronista cara-pálida.
Os mais velhos, creio que os coroas com mais de 70 carnavais no lombo, certamente se lembram da atriz Rita Hayworth. Ao lado do ator Glenn Ford, o pai do Super-Homem (no primeiro filme da série com Christopher Reeve), ela é a atriz principal do filme "Gilda". O filme tinha uma chamada interessante: nunca houve uma mulher como Gilda. Rita Hayworth brilhou na Hollywood dos anos 40 e 50. Sua vida pessoal não foi fácil. Quando menina foi estuprada pelo pai. Esse sujeito teria se aproveitado da filha por um bom tempo.
Ainda no cinema, lembrei-me da atriz Rita Moreno, nascida em Porto Rico, aquele belo país anexado pelo Tio Sam (gue). Rita Moreno foi a primeira atriz latina a ganhar o Oscar de melhor atriz coadjuvante, em 1962, por seu papel no musical "West Side Story", que no Brasil recebeu o título de "Amor Sublime Amor" (nada a ver com o original). O filme é uma adaptação de "Romeu e Julieta" e tem Natalie Wood no papel principal. De autoria de Leornard Bernstein e Stephen Sondheim, as músicas são belíssimas.
E não é que a Rita Moreno, cujo nome era Rosita, se deu bem com filmes musicais? E cada musical que vou te contar. Ela está no elenco de "O Rei e Eu", com Yul Brynner, e também atuou naquele que é considerado o musical dos musicais. Acertou quem pensou em "Cantando na Chuva", que tem Gene Kelly no papel central.
Já sobre as Ritas brasileiras a primeira a ser citada só pode ser ela: Rita Lee. Desnecessário lembrar de seus belos e melódicos rocks. Quero citar um lado da Rita Lee que a maioria do público desconhece. Ela era amiga do padre Júlio Lancelotti, o enviado de Deus, segundo o seu Chico (papa Francisco). A cantora entregava ao padre roupas que usava em shows e outros eventos. Eram vestidos, calças, blusas e outras peças. Em vez de leiloar as roupas para garantir uma grana para sua paróquia, o padre as doava para mendigos. Ou moradores de ruas, como se diz hoje em dia. Belo gesto de ambos.
Ainda na área da "cantoria", como esquecer de Rita Pavone? A italianinha botou pra consertar nas décadas de 60 e 70. Maior sucesso mundo afora, principalmente na Itália e no Brasil, talvez mais no Brasil. Era uma febre.
E a Rita Cadillac, ex-chacrete? Deu duro para sobreviver. Fazia shows em presídios e deixava os presos loucos. Alexandre Frota "andou" nesse Cadillac. Outros famosos também teriam "embarcado" e ninguém tem nada com isso. Espero que a Rita Cadillac esteja bem e em paz com Deus e o mundo. É o que interessa.
Na culinária e na literatura, uma Rita se destaca. É Rita Lobo, uma loirona bonitona, talvez mais bonita do que cartão-postal. Rita Lobo e chef de cozinha e escritora, além de desenvolver outras atividades.
Em um samba belíssimo, Chico Buarque, um dos dez mais maiores compositores do Brasil, fala do fim do relacionamento com uma Rita. Ele dá os detalhes nos ótimos versos de "A Rita". Ela deu o cartão vermelho pro companheiro e se mandou levando quase tudo dele, desde livros até um disco de Noel. "Que papel!", queixa-se o abandonado. Papel para rimar com Noel.
E não é que existe um medicamento chamado Ritalina? Para que serve? Dei uma espiada. É indicado para pessoas agitadas ou que estão a mil por hora. Está bem: pode ser 999 por hora. Taí um nome bonito esse Ritalina. Se a gente desmembrar, cortar ao meio, forma nome e sobrenome: Rita Lina. Sugiro para casal que está esperando uma bebê.
P.S.: Bom lembrar também da cantora Rita Coolidge e da Rita Camata, ex-deputada federal (ES).
DROPS
Quem fica em cima do muro cai o risco de cair.
Pelo jeito, agora podemos afirmar com um certo orgulho que o petróleo é nosso.
Em terra de cego quem tem um olho é, no mínimo, príncipe.
Será que o rei Charles III ouve Ray Charles?
