Nesta sexta-feira, das 8h30 às 11h, ONG (organização não governamental) Rede Amor e Esperança, a convite da Associação Filantrópica de Proteção aos Cegos de Presidente Prudente, promoverá uma oficina aos assistidos da entidade sobre como fazer bombas de sementes. O objetivo é desenvolver o sensorial dos participantes e ajudar o meio ambiente. Participarão desta ação aproximadamente 30 membros da associação e 10 cadeirantes da Associação do Rosário.
“Essa técnica é usada por empresas, ONGs e projetos de reflorestamento em várias partes do mundo. Em Prudente, mais de 1 mil bombas já foram lançadas na Mata do Furquim, no Parque Furquim, através de ações da Rede Amor e Esperança juntamente com voluntários”, expõe Eudes Elias da Silva, presidente da ONG.
Ele explica que a ideia da oficina surgiu em conversa com a coordenadora da Associação dos Cegos, Eliete Margutti, no dia em que plantaram 50 mudas com os assistidos no Conjunto Habitacional João Domingos Netto, durante programação da Semana do Dia Mundial da Limpeza.
“A Associação dos Cegos nos convidou para realizarmos ações ambientais em parceria e essa se encaixa perfeitamente, pois, além de contribuir com a natureza, trabalha o sensorial dos assistidos pela entidade, que, mesmo com suas limitações, se mostraram muito interessados em contribuir com o reflorestamento da nossa cidade”, destaca Eudes Elias, acrescentando que objetivam a educação ambiental conscientizando toda a população quanto aos cuidados com o meio ambiente. “E mais precisamente, com esta ação, proliferar sementes de árvores nativas da nossa região em áreas degradadas”, salienta o presidente da ONG.
O presidente da Rede Amor e Esperança ressalta que as bombas de sementes é uma técnica de plantio criada pelo agricultor japonês Masanobu Fukuoka na década de 70 e hoje é utilizada para reflorestamento de grandes áreas degradadas de difícil acesso.
Composta por argila substrato e sementes podem ser facilmente produzidas e lançadas em locais degradados, ficando as sementinhas protegidas de possíveis predadores até que a chuva a dissolva e mantenha a semente úmida promovendo assim a germinação. O substrato é útil para nutrir a planta nos seus primeiros dias de vida. “Mas é preciso atenção! Na hora de produzir as bombas é necessário cuidado para coletar somente sementes de árvores nativas da nossa região para evitar o desequilíbrio da nossa fauna”, orienta Eudes.
Oficinas como esta ajudam na interação entre os usuários do serviço, os deficientes visuais, principalmente porque vão trabalhar a preservação do meio ambiente, de que forma podem cuidar da natureza. E essa oficina de bombas de semente veio para trazer para eles essas possibilidades de que podem estar ajudando a natureza, o reflorestamento. “Porque se vai fazer uma viagem, por exemplo, encontra um ambiente propício, jogou a bomba e ela pode germinar. E essa interação entre eles, o contato, que é mexer com a argila, com as sementes, é muito importante”, expõe a coordenadora.
Eliete cita que estão estudando uma ideia de comercializar as bombas de semente, que, além de ser uma verba a mais para associação, pode ser algo passado à frente como forma de incentivo às pessoas estarem cuidando da natureza. “Se forem viajar podem passar pela associação e adquiri-las para presentear alguém ou para jogar em algum lugar para que germinem, cresçam... Esta oficina é algo novo para todos nós e muito interessante!”, exclama a coordenadora da associação.
Fotos: Marcel Sachetti
Técnica é interessante e funcional para o meio ambiente
