O prudentino Yan Matheus da Silva, 22 anos, conquistou a medalha de prata na categoria júnior até 100 kg (qulos) do Campeonato Mundial de Powerlifiting (levantamento de peso). O evento foi realizado no último final de semana, entre os dias 9 e 12, em Itanhaém (SP), na baixada santista.
O powerlifting é um esporte de levantamento de peso que envolve três movimentos principais: squat (agachamento), bench press (supino) e deadlift (levantamento terra). O objetivo é levantar o máximo de peso possível em cada um desses três movimentos.
Yan teve bom desempenho nas três provas: levantou 255kg no agachamento, 140kg no supino e 275kg no levantamento terra. Com as respectivas marcas, o jovem conseguiu um lugar no pódio, porém, em seu ponto de vista, conquistar a medalha foi algo corriqueiro. “Sinceramente? Minha perspectiva foi de ter sido mais um dia normal”, inicia o jovem. “Eu não valorizo tanto a colocação ou o campeonato que o atleta subiu. Valorizo mais a performance e a trajetória do atleta”, acrescenta Yan.
Apesar do dia normal, o sentimento de competir foi estimulante para o jovem atleta. “Mas minha sensação de competir foi divertida. Não fico feliz em ter perdido, já que todo atleta se prepara pra ganhar, porém foi uma experiência importante na minha vida de saber lidar com imprevistos durante a preparação e acreditar um pouco mais no meu potencial como atleta”, destaca o rapaz.
A mãe de Yan, dona Agrinaurea, relata que o filho tem autismo e o esporte está sendo um meio para o jovem desenvolver seu talento. “O hiperfoco dele é no esporte, foi onde que ele conseguiu se encontrar. É com o esporte que ele se sente bem”, pontua.
O jovem conta que aos 14 anos começou a treinar em casa com alguns aparelhos improvisados. A rotina de treinos caseiro seguiu até os 17 anos, quando Yan passou a fazer musculação em uma academia. Neste ano, ele deu início à rotina de treinos voltados ao powerlifiting e não quer mais parar.
Por fim, Yan conta que tem o objetivo de seguir carreira internacional no levantamento de peso e no futuro também ser um bodybuilder. “Vou trabalhar para ser reconhecido como um atleta de nível internacional e futuramente conciliar com a carreira de bodybuilder também”, encerra o jovem atleta prudentino.
Arquivo pessoal
Jovem tem autismo e encontrou-se através do esporte
