A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) retomou, no último dia 4, as aulas presenciais nas unidades prisionais do Estado de São Paulo. Desde o começo da pandemia, essas atividades tinham sido suspensas como forma de evitar a contaminação da população carcerária e dos próprios docentes pelo coronavírus.
Durante o período, as atividades precisaram ser readaptadas: as aulas foram substituídas por roteiros impressos de estudo, compostos por conteúdo das diversas disciplinas e suas respectivas atividades. Os materiais eram produzidos pelos professores da Seduc-SP (Secretaria de Estado da Educação) que já ministravam aulas nas unidades prisionais.
Atualmente, 19.032 reeducandos e pacientes custodiados pela SAP estudam, sendo 10.969 matriculados no ensino fundamental, 7.796 no ensino médio e 267 no ensino superior. Nos 41 estabelecimentos subordinados à Croeste (Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Oeste) que possuem educação formal, são 4.786 reeducandos estudando. Os dados são de setembro deste ano.
A volta das atividades presenciais é acompanhada por todos os protocolos científicos para a prevenção e o enfrentamento da pandemia de Covid-19.
“As atividades educacionais fazem parte do processo de ressocialização dos custodiados e dos pacientes dos hospitais de tratamento psiquiátrico”, afirma o secretário da Administração Penitenciária, Coronel Nivaldo Cesar Restivo. “Mesmo em tempos de grave crise de saúde pública, o sistema penitenciário paulista fez ajustes na rotina de estudos e viabilizou o acesso à educação”, pondera.