Calculadora fotovoltaica simula economia com energia solar

Ideia é tornar o sistema mais acessível à população mostrando benefícios, retornos financeiros e custos do investimento

PRUDENTE - SANDRA PRATA

Data 05/07/2018
Horário 04:45
José Reis - Sistema fotovoltaico gera 95% de economia na conta de energia
José Reis - Sistema fotovoltaico gera 95% de economia na conta de energia

Desde que Thomas Edson inventou a lâmpada incandescente no século passado, a eletricidade se tornou essencial e princípio básico do dia a dia. Entre as diversas fontes de geração de energia está a energia solar fotovoltaica. O sistema, que tem como matéria-prima os raios do sol, já é realidade em mais de 100 países e considerado a terceira fonte renovável mais importante do mundo em termos de capacidade.  Pensando nisso e para facilitar o acesso a este tipo de energia no Brasil, a WWWF-Brasil e o Banco do Brasil criaram a Calculadora de Projetos Fotovoltaicos. A ferramenta visa mostrar a economia na conta de luz e a redução na emissão de gases de efeito estufa que o consumidor teria caso utilizasse a energia fotovoltaica.

Além disso, a calculadora permite – com base nas características do sistema - fazer uma simulação de financiamento mostrando qual o retorno financeiro. Fundamentada em dados do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) de irradiação solar, a ferramenta pode ser facilmente utilizada por qualquer usuário. O objetivo é conscientizar os consumidores sobre a possibilidade de gerar sua própria energia e obter as vantagens econômicas e ambientais disto. Para entender um pouco mais sobre esse sistema, O Imparcial contatou dois estabelecimentos especialistas no assunto e dois consumidores para saber, principalmente, qual a vantagem da energia solar e quais reflexos no bolso.

Uma economia que dura de 25 a 30 anos correspondente ao tempo de vida útil do sistema. É o que garante Douglas Andrade, diretor comercial da Solar Soluções. Segundo ele, a economia na conta de luz é de 95%, tendo em vista que, após adquirir o sistema, o consumidor passa a pagar apenas a taxa mínima da fatura. O plano de fundo nacional de crise econômica e as constantes alterações de valores na conta de eletricidade ajudaram a resultar em aumento de 70% nas vendas do estabelecimento em relação ao ano passado. “Antes tínhamos, em média, cinco orçamentos por dia. Hoje é uma média de 12”, explica.

Fazendo uma estimativa, em uma casa que pague uma fatura mensal de R$ 100, o investimento gira em torno de R$ 4.999. “O orçamento é feito em cima da média de consumo de quilowatts da casa, e o kit gerador já vem fechado”, relata Douglas. O kit é composto pelas placas que captam a energia solar, por um inversor responsável pela transformação da radiação em corrente elétrica e por um sistema que evita descargas elétricas.

Apesar disso, ainda existe grande preocupação com o custo dos equipamentos. Segundo Sandra Santos, gerente da Prudente Solar, o que deve ser analisado é o custo-benefício. “O pagamento do investimento pode ser liquidado em 3 ou 4 anos. Depois disso, a pessoa não terá mais surpresas na fatura mensal de energia”, frisa. Fora isso, ela garante que todo kit gerador é pensado para deixar uma “folga” de energia. Portanto, tem capacidade sempre maior que o consumo gerado pela residência, deixando “créditos” para estender o uso.

Economia na prática

Edinaldo Tributino da Silva faz uso de energia solar há seis meses. Segundo ele, em sua residência são quatro pessoas e um consumo mensal entre 450/600 quilowatts por mês. Após a instalação das placas, constatou redução expressiva na conta, visto que antes ele pagava R$ 350 por mês, e hoje o valor caiu para R$ 40. “É vantajoso, porque traz estabilidade financeira. Com essas bandeiras vermelhas, o valor da conta está sempre mudando, então, você fica mais tranquilo”, relata o prudentino. Outro fator que fez com que escolhesse a nova opção para captar energia é a vida útil da economia, levando em conta que pagará o atual valor pelos próximos 25 anos.

Também em busca de preços mais acessíveis, o prudentino Henrique Emilio Caetano faz uso da energia solar há dois meses e já sentiu alívio no bolso. “Antes pagávamos em torno de R$ 500, e hoje pago só a taxa mínima, de R$ 50”, conta. Com uma geração de 800 quilowatts por mês, tem uma sobra mensal de aproximadamente 200 quilowatts e os planos é utilizar esse crédito para abater a conta de energia da loja que possui. “Quem puder sair do sistema de energia hidrelétrica é bom, principalmente pela questão de alteração de valores. É sensacional a economia”, pontua.

SERVIÇO

Os interessados na Calculadora de Projetos Fotovoltaicos podem conhecer a ferramenta gratuitamente pelo site www.eficienciaverdebb.com.br.

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