A Câmara Municipal de Sandovalina acolheu, por seis votos a um, a denúncia por suposta quebra de decoro parlamentar apresentada contra o vereador Tedd Jones e Silva Leal (PSB) durante sessão extraordinária realizada nesta semana. O pedido foi protocolado pelo vereador Alberto Lopes Sanfelici (PP), que alegou declarações ofensivas feitas por Tedd Jones na sessão do dia 14 de agosto, quando teria colocado em dúvida a conduta dos demais parlamentares.
Com a decisão, a denúncia segue agora para análise de uma comissão processante, que terá 90 dias para apurar os fatos e emitir parecer sobre a possível cassação do mandato. Tanto o vereador denunciado quanto o autor da denúncia terão assegurado o direito de apresentar suas versões em respeito ao princípio da ampla defesa.
O processo de cassação só poderá ser confirmado caso haja votação favorável de dois terços dos membros da Câmara.
O presidente da Câmara, vereador Rogério Rocha de Araújo (PRD), reforçou "o caráter democrático e transparente da decisão": “Acolhemos a denúncia feita pelo vereador Alberto Lopes Sanfelici e vamos encaminhar para a comissão eleita. A acusação e o acusado vão ter direito de manifestar as suas ponderações e a Câmara se reúne em 90 dias para decidir o futuro do vereador Tedd Jones. Lembrando que a Câmara de Vereadores de Sandovalina é completamente favorável à democracia e à ampla defesa”.
A Câmara Municipal destacou ainda que o processo será conduzido dentro da legalidade, conforme previsto no decreto-lei nº 201/67, na Lei Orgânica do Município e no regimento interno.
Procurado, Tedd informou que ainda não foi notificado pela comissão e, assim que isso ocorrer, fará sua defesa.
"Fiz uso da tribuna para expressar meu descontentamento com o rito e a rapidez com que foi pautado projeto que extinguia cargos comissionados e os recriava com outra nomenclatura. Após minha fala, foram constadas em ata palavras que não proferi. No meu entendimento, tudo isso está ocorrendo pelo simples fato de que o único vereador a votar contra a recriação dos cargos fui eu", afirmou à reportagem de O Imparcial.