Não é de hoje que a baixa cobertura vacinal, de inúmeras doenças, no país, vem sendo abordada e discutida na mídia. O cenário foi agravado pela pandemia da Covid-19, que recomendava o isolamento social e, consequentemente, acabou afastando a população das unidades de saúde. Vacinas, exames, consultas, tudo foi ficando pra depois...
Mas não foi só isso. Muitas pessoas, acreditem, acham que não é preciso mais vacinar porque as doenças desapareceram. Outras, apensar da ampla divulgação, desconhecem quais são os imunizantes que integram o calendário nacional de vacinação. O medo de que as vacinas causem reações prejudiciais ao organismo também é um empecilho. Por fim, há ainda quem alega falta de tempo para ir aos postos de saúde.
O problema é que, com tantos argumentos, as campanhas de vacinação têm ficado de lado e não têm atingido suas metas.
Prevista para terminar inicialmente em 31 de maio, depois 30 de junho, 31 de julho e por fim no dia 31 de agosto, a campanha de vacinação contra a gripe foi novamente prorrogada, pela quarta vez, agora até 15 de setembro, devido à baixa cobertura. Conforme divulgado na edição de ontem, apenas 49,5% da população de São Paulo estava imunizada, até o último dia 25. Ou seja, 12.747.837 milhões de doses foram aplicadas. A meta é vacinar 90%.
Não há desculpas para deixar de se prevenir... A vacina - indicada para todas as pessoas maiores de 6 meses -, ao contrário do que muitos pensam, é segura, eficaz e não oferece nenhum risco. É feita a partir de vírus inativos (mortos) e, conforme temido pela maioria, não provoca gripe. Aliás, as reações são bem leves: dor no local e, às vezes, febre.
Os estragos provocados pela doença são bem maiores. Além de deixar a pessoa indisposta, geralmente causa febre, espirros, nariz congestionado, cansaço e dores no copo. Crianças menores de 6 anos de idade, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades podem desenvolver ainda um quadro mais grave levando até à morte
Neste ano, a Secretaria da Saúde já registrou 241 óbitos decorrentes de casos graves causados pela infecção dos diversos tipos de vírus Influenza. O número de casos cresceu 50,3%, passando de 1.691 no ano passado para 2.543 registrados até agosto deste ano.
Vai esperar o que para se proteger? A vacina está disponível em todos os postos de saúde da cidade e é gratuita. Atualize sua caderneta. Cuide também de quem você ama! Mais uma vez fica o alerta!
