Os jogadores de futebol do Brasil que atuam na Liga dos Campeões da Europa estão mostrando por lá que o futebol brasileiro está mais vivo do que nunca. Sómente lá. Bem, não apenas na Europa, mas ainda em outras partes do mundo onde o pé de obra brasileiro dá expediente. China, por exemplo, Japão também. É evidente que a razão principal é que o que temos de melhor está espalhado pelo mundo. Felizmente gostam de jogar pela nossa seleção, mas não se pode aceitar que não tenha ficado por aqui o suficiente para fazer um campeonato com algum brilho. Sobrou gente para formar uma seleção só com os valores daqui? Deveria sobrar. Ainda bem que na hora de servir a seleção, a maioria, com as raras exceções que preferiram uma cidadania que não a do país de origem, estará defendendo a seleção verde-amarela. Modo geral se há um setor de atividade onde o brasileiro se liga na Pátria este é o futebol. São raríssimas as exceções de craques que por uma questão ou outra preferiram defender uma seleção que não a canarinho. Pesa mais, às vezes, a dúvida entre o chamado para defender o país onde atuam e onde são unanimidades e a dúvida de conseguir uma chance de convocação na seleção pátria. Casos como o do atacante Diego Costa, que preferiu a Espanha ao Brasil são raríssimos. Mas, ao mesmo tempo que elogio a participação de nossos valores no mais badalado torneio de clubes do planeta não posso deixar de lastimar a fragilidade do nosso atual certame. Sinceramente, você vê um duelo da Liga Européia e depois um do nosso campeonato principal e vai pensar que se trata de outro jogo. O que se vê entre os 20 clubes da CBF não é futebol. E não estou falando da tecnologia que lá está em uso pleno e por aqui ainda é objeto de estudos, mesmo com as restrições que faço ao seu uso. Falo do jogo em si, da movimentação, do ritmo, do empenho, da velocidade imprimida nas jogadas. O positivo que estamos vendo no campeonato de clubes europeus e o negativo das partidas modorrentas e sem graça do atual campeonato brasileiro onde a grande maioria está empenhada em se manter no mesmo e não em vencê-lo é uma realidade. Ainda nesta semana tivemos algumas demonstrações explícitas daquilo que estou tentando explanar. O jogo entre Corinthians e Grêmio foi horroroso. Jogo que poderia trazer uma fisionomia diferente a uma reta de chegada de um campeonato que está muito longe de representar um país que soma 5 títulos mundiais com suas seleções e cede para o certame europeu o que há de melhor no mesmo.
