Carta aberta ao governador

OPINIÃO - Marcelo Fritschy

Data 12/05/2020
Horário 04:35

Há quase dois meses, nossas rotinas foram alteradas. O comércio permanece fechado. Vivemos em um momento sem precedentes e, o pior de tudo, sem perspectiva de quando tudo vai voltar ao normal. O governo municipal alega estar fazendo o que é possível para amenizar os efeitos negativos da pandemia, ao mesmo tempo em que vosso governo estadual não concede autonomia para as prefeituras.

Mais uma vez, foi adiada a flexibilização para o funcionamento de serviços não essenciais à população. A justificativa dada [sabemos que anunciada antecipadamente] era de 60% a 70%; não obedecemos! É verdade, a quarentena tem contribuído para poupar vidas (e isso é o principal).

No entanto, será que o Excelentíssimo senhor não está sendo rigoroso demais? Não aceitou as propostas para que os prestadores de serviço e comerciantes abram seus empreendimentos, seguindo as medidas de higiene. Em tempo: Presidente Prudente é o principal centro de compras de toda 10ª Região Administrativa, portanto, o Dia das Mães desse ano foi o mais escasso de toda história!

Apesar das portas estarem fechadas, as contas de aluguel, folha de pagamento e os impostos ainda continuam vigentes

É importante também ressaltar que as pequenas empresas não estão tendo devido acesso a crédito subsidiados, pois apesar das portas estarem fechadas, as contas de aluguel, folha de pagamento e, sobretudo, os impostos ainda continuam vigentes. Então, onde vamos parar? Por favor, não se esqueça do nosso interior.

Com diversos impasses, temos que assumir que a responsabilidade é de todos: a sociedade civil permanecendo em casa (os que precisam, necessitam e podem ficar) para seguir a taxa de isolamento, evitar disseminação do vírus e prestar solidariedade; mas também é função de todos nós cobrarmos incentivos fiscais e a flexibilização para abertura das lojas, pois mesmo que seja considerado não ser essencial, a inatividade do comércio afeta a arrecadação de impostos tanto para a cidade quanto para Estado e, consequentemente, impede que a roda da economia gire.

 

 

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