Uma ocorrência de roubo a taxista voltou a ser caso de polícia em Presidente Prudente. Na madrugada de ontem, um idoso de 69 anos, que fornece o serviço na cidade, foi assaltado e agredido por um casal, enquanto realizava uma corrida. Segundo a Polícia Civil, ele foi contratado pelos indiciados para ir até Pirapozinho, quando teve o carro roubado, um GM/Onix, em meio à Rodovia Assis Chateaubriand (SP-425). Os dois suspeitos foram presos em flagrante.
A vítima estava em serviço no Terminal Rodoviário Comendador José Lemes Soares, em Prudente, momento em que foi abordado pelo casal contratante da corrida. Ainda de acordo com a Polícia Civil, quando chegaram ao trevo de Pirapozinho, a dupla anunciou o assalto. O rapaz mostrou uma faca ao taxista, o ameaçando na abordagem. Com a ação do suspeito, o idoso agarrou a faca com a mão e somente soltou quando conseguiu quebrá-la, deixando o autor apenas com o cabo.
Sem a arma, o homem começou a agredir a vítima com golpes na cabeça, enquanto a mulher mordia a mão dele, para que soltasse a lâmina. Em meio à confusão, o motorista conseguiu parar o veículo e desceu. A partir daí, os dois homens entraram em luta corporal, no qual a vítima atingiu o suspeito com a faca e o feriu. A dupla, logo em seguida, entrou no veículo e fugiu com o táxi, deixando o taxista para trás.
A Polícia Militar foi acionada pela vítima e a buscou na rodovia. O idoso foi encaminhado até o atendimento médico com ferimentos leves. Durante a ida até o hospital, à reportagem, o policiamento relatou que o casal foi abordado e preso na divisa entre os Estados do Paraná e São Paulo, enquanto passavam pela ponte do Rio Paranapanema. O casal foi direcionado à Delegacia Participativa, onde permaneceu preso por roubo e permanece à disposição da Justiça.
“Nunca reagir”
O presidente do Sindicato dos Taxistas Autônomos, Caminhoneiros Autônomos e Transportadores Autonômos de Passageiros de Presidente Prudente e região, Natal Aparecido Brunholi, lamenta o ocorrido e diz que a orientação da entidade aos condutores é nunca reagir ao roubo. Ele pontua que sempre são feitas assembleias, onde a questão da segurança é tratada. “Infelizmente, a gente ainda precisa lidar com esse tipo de situação”, completa.
Sobre medidas que poderiam ser tomadas, Natal expõe que, “há tempos atrás”, a capelinha - dispositivo que fica em cima do carro com a palavra táxi - era utilizada como recurso para pedir socorro. “É proibido que ela fique acesa enquanto o taxista está realizando uma corrida. Sendo assim, se ele estivesse em serviço e ligasse o aparelho, funcionava como um pedido de ajuda”, explica. Ainda de acordo com o presidente, tal ação poderia ser uma alternativa para hoje em dia. “Se voltar a ocorrer, a gente precisa sentar com o comando policial e definir práticas para inviabilizar as ocorrências”, comenta.
