Casos de embriaguez ao volante são inaceitáveis neste tempo

EDITORIAL -

Data 27/12/2018
Horário 04:02

“Se beber, não dirija”. Tema de inúmeras campanhas, a frase pode parecer clichê, mas carrega um conselho importante que deve ser levado em consideração, sobretudo nesta época de férias e festas diárias de final de ano. O fato é que ainda tem muita gente que morre no trânsito por causa de motoristas alcoolizados. Por mais que se fale que direção não combina com bebida ou outras drogas, diariamente motoristas colocam suas vidas e a dos outros em jogo, insistindo em dirigir após ingerir bebidas alcoólicas.

Os números do balanço divulgado pela Polícia Militar Rodoviária após a Operação Natal nas regiões de Dracena, Presidente Prudente e Presidente Venceslau provam isso. Conforme a corporação, durante o período o policiamento fiscalizou 2,3 mil veículos, dos quais foram contabilizados 46 motoristas dirigindo embriagados. Destes, cinco receberam voz de prisão em flagrante pelo crime de embriaguez, por estarem com odor etílico acima do valor considerável, que é de 0,33 mg/l. Os demais foram autuados e tiveram as CNHs (Carteiras Nacionais de Habilitação) retidas.

Ao que parece, nem mesmo os endurecimentos nas leis promovidos nos últimos anos surtiram efeito. Existem campanhas, programas de conscientização, mas os casos de embriaguez ao volante são notícia diariamente. Ato imperdoável! Não há desculpa para quem bebe e logo em seguida pega a direção. Ainda mais neste tempo, quando há várias opções de mobilidade urbana, além dos tradicionais, como táxis e ônibus, existem os aplicativos de transporte individual que facilitam a vida de quem quer andar dentro de lei.

É uma questão de conscientização. De colocar a mão na consciência, os pesos na balança e ver o que compensa mais: gastar um pouco mais, ou até menos, por um transporte terceirizado e evitar problemas, ou se expor ao risco e colocar a própria vida e a dos outros em jogo. Poderíamos falar novamente em endurecimento, maior rigor com quem é pego em tal situação, mas talvez não haveria para onde se endurecer mais. Então há de se falar em vergonha na cara, em responsabilidade, ou na próxima semana teremos outro balanço semelhante a este, ou ainda maior.

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