Ontem, o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Presidente Prudente divulgou a confirmação de mais 35 casos de LVC (leishmaniose visceral canina). Desses, 33 são autóctones, ou seja, contraídos no município, e outros dois são importados. Com os novos casos, o município contabiliza 142 catalogações positivas, sendo 130 autóctones e 12 importadas. Para o médico veterinário André Luiz Soares da Fonseca, que palestrou ontem na sede da 29ª Subseção da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), em Prudente, sobre a doença, o número de registros da doença na cidade é considerado baixo diante de uma população de cerca de 50 mil cães.
Chipagem de cães começou em PP em março de 2013; objetivo é controlar população canina
André diz que medidas adotadas pelo município podem garantir o controle da doença, como uma campanha permanente de castração dos animais, o controle do vetor (mosquito-palha), bem como a chipagem de cachorros. O médico veterinário responsável pelo CCZ, Célio Nereu Soares, declara que todos esses trabalhos já são adotados pelo órgão, o que tem, justamente, garantido tal número reduzido de registros.
Célio esclarece que todos os cães que tiveram diagnóstico positivo para a doença já foram eutanasiados. E frisa que o possível tratamento dos cachorros contaminados só será adotado pela administração municipal quando for devidamente legalizado. "Hoje não podemos tratar estes cães doentes, pois seguimos a lei, o que ela determina", aponta.
Ainda de acordo com o CCZ, os 35 casos confirmados ontem estão espalhados por diversos bairros de Prudente. São eles: João Domingos Netto, com seis catalogações; Anita Tiezzi e Residencial São Paulo, com três cada; Monte Carlo, Leonor, Colina do Sol, Paulista e Villa Real, com dois cada; e Estoril, Formosa, São Sebastião, São Gabriel, Cedral, Mediterrâneo, Tabajara, Ana Jacinta, Eldorado, Castelo Branco, Maracanã, Floresta do Sol e Monte Alto.
Ações realizadas
Sobre a chipagem de animais, que começou na cidade em março de 2013, Célio conta que tal serviço já atingiu mais de 44 mil cachorros da cidade. O trabalho é desenvolvido atualmente no Jardim Paulista, onde agentes do CCZ percorrem as casas e executam o registro dos cães. A implantação dos chips tem como objetivo promover o controle da população canina e, com isso, evitar que os proprietários abandonem seus animais nas ruas, e também visa o controle de zoonoses, já que no cadastro do cão constará o controle de vacinação, bem como, informações sobre a raça e características do animal.
