Celebrar

OPINIÃO - Iracema Caobianco Silva

Data 24/12/2023
Horário 07:47

Não saberia expressar o sentimento da espera desta data pelas lembraças de outrora para preparar o Natal. A maior festa da cristandade, a mais importante porque nasce o menino Jesus e tudo se transforma para a espera do Seu renascimento em cada coração. Nesta data, as intenções se renovam em atitudes significativas de gentileza, carinho, afeto, bondade, amor e perdão. Pensamos nos entes queridos que já estão noutro plano, e como as suas presenças nos fazem falta. O abraço, a atenção que tivemos, o lugar hoje vago na mesa, mas temos certeza de que continuam vivos em nossos corações. 
Em nossa infância, as sete meninas esperavam ansiosas pelos presentes debaixo da árvore natural, toda enfeitada com bolas coloridas, luzes piscando e a estrela como ponteiro indicando o anúncio aos Reis Magos. O presépio era montado no canto da sala, em lugar de destaque com o pastor, os animaizinhos, São José, Maria e o Menino Jesus no estábulo, todas estas imagens num colorido delicado em expressões puras e singelas. A preparação da casa era única, tudo era renovado: os guarda-roupas, as gavetas, os armários, tudo era organizado com o máximo que se podia doar. Assim, tudo ficava limpo, e como dizia a mamãe, as mágoas e os ressentimentos também eram jogados fora. E a cristaleira? Todas as louças, taças e copos mais bonitos eram lavados, os vidros e prateleiras brilhavam, tal qual nossa alma infantil à espera do Natal.
Hoje é assim que fazemos em nossa casa para esperar o Natal. Esperar os filhos que chegam de fora, como nossa mãe nos ensinou. A roupa de cama e banho, travesseiros e cobertores lavados com o perfume da infância que vivemos nesta espera do Menino Jesus nascer, trazendo a esperança de viver ao lado da família, que de longe volta para o abraço caloroso da saudade.  O encontro com os amigos que são do nosso convívio, o vizinho que nos cumprimenta, nos saúda, e nos faz sentir realmente amados. É este o sentido do Natal. 
Aceitar a individualidade do filho, do cônjuge, da família, do próximo, e até mesmo do desconhecido. Aceitar as diferenças individuais e descobrir que somos filhos de Deus, amados por Ele assim como Ele nos vê. E este amor nos faz sentir abençoados todos os dias, e nesta data ainda mais, à espera do Natal. 

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