Estamos chegando a mais um final de ano do calendário normal da vida cotidiana. E, nele, sempre que chega o mês de dezembro, os eventos redobram e muitos acontecimentos são organizados, talvez porque, nossa história cultural cristã nos ensinou que Deus se faz criança para nascer na humanidade, e esse fato nos emociona e nos coloca numa situação de mais abertura para o outro.
Sendo assim, pensei numa palavra que envolve esse momento e também a magia do Natal, que é a celebração. Celebrar significa enaltecer, festividades, homenagens e louvores a uma data comemorativa, no caso específico de dezembro, o Natal e a memória do nascimento do menino Jesus.
Em outro momento podemos celebrar vários fatos importantes da vida cotidiana e social, dentre eles, o nascimento de um filho, festas de aniversários, batizados e casamentos, e até data fúnebre.
Mas a celebração que escrevo nesse ensaio é sobre a reunião que fazemos, ou deveríamos fazer, com as pessoas que amamos, dentre elas os familiares e as que são amigas de longa data e atuais em nossas vidas. Portanto, celebrar pode ser uma reunião festiva com os amigos para relembrar um acontecimento e firmar entre eles, um elo de eternidade. Porque a amizade quando nasce entre as pessoas e permanece viva, torna-se um motivo de comemoração sem hesitar se vale a pena ou não, mas construir entre elas uma relação recíproca de quem precisa do outro para não sucumbir na vida.
E, para celebrar, não precisa esperar dezembro chegar, mas festejar durante o ano os acontecimentos importantes, e, como nesse mês se comemora o Natal, muitos encontros são programados para festejar os sucessos do ano que termina. E, numa amizade construída há anos, o que parece é que organizar um momento para relembrar e comemorar é gratificante, pois o que se leva dessa vida, é o que a gente tem para doar enquanto seres humanos construídos aos olhos divinos.
Um encontro, uma festa, um evento, traz em si o grande gesto da gratuidade onde as pessoas envolvidas oferecem entre si, os abraços, as lembranças, as brincadeiras, as risadas, as alegrias, e fazem do momento uma grande celebração num grande festejo que pode ter músicas, danças, brincadeiras e jogos que embalam os momentos em que os amigos estão presentes.
No Natal do menino Jesus, também tece celebração e Ele juntos com seus pais, recebeu visitas e presentes de vários amigos e que reforça a fala de Jesus, em algum momento junto aos seus apóstolos quando ele se referiu aos mesmos: vocês são meus amigos.
E, por isso, ao terminar essa breve reflexão, fico com uma parte da música de Milton Nascimento – Canção da América que diz e reforça o papel do amigo e da amizade como algo celebrativo: “amigo é coisa pra se guardar, no lado esquerdo do peito, mesmo que o tempo e as distâncias digam: não”. O que importa é ouvir a voz o que sai do coração. E, haja o que houver amigo - aqui sempre estaremos para celebrar a amizade construída para sempre.
