Cemaarq

OPINIÃO - Ruth Kunzli

Data 24/11/2019
Horário 04:11

Nestes 60 anos de tantos êxitos, mas também de dificuldades, gostaria de falar do Cemaarq (Centro de Museologia, Antropologia e Arqueologia). 

O embrião do Cemaarq começa em 1972, com a criação do Museu Etnográfico. Em pouco tempo, tínhamos 30 peças de origem indígena, que foram organizadas em duas vitrines! Começamos a divulgar o material e a receber visitas, o acervo foi aumentando e em breve foi necessário mudarmos para um local maior.

Com o tempo, foram sendo acrescentadas peças ao museu, contando hoje, com cerca de 2.500 unidades. Em 2000, foi para o local em que se encontra atualmente, na parte baixa da caixa d’água. Um convênio entre a Unesp (Universidade Estadual Paulista) e a Cesp (Companhia Energética de São Paulo) permitiu a retirada e salvamento de cacos de cerâmicas oriundos de artefatos que estavam localizados na área a ser inundada pelo lago da usina hidrelétrica de Porto Primavera.

Os materiais coletados e pesquisados desde 1983 perfazem mais de 100.000 peças entre líticos lascados, polidos e cerâmicas

Tais peças que pertenciam a grupos indígenas que habitavam as margens do Rio Paraná, de 7.000 a 1.000 anos antes do presente, contribuíram para um aumento significativo do acervo. O Cemaarq hoje abriga peças importantes da cultura indígena regional e brasileira, como urnas mortuárias, artefatos utilizados para caça e pesca, adereços como cocares, colares, dentre outros. 

Os materiais coletados e pesquisados desde 1983 perfazem mais de 100.000 peças entre líticos lascados, polidos e cerâmicas. O Cemaarq faz parte do Circuito Científico Cultural da FCT (Faculdade de Ciências e Tecnologia) e recebe, anualmente, a visita de 6 a 7 mil alunos e professores, principalmente de escolas públicas da cidade e da região. Para muitos desses alunos e professores, o Cemaarq é a única e/ou a primeira oportunidade de conhecerem um museu.

 

 

 

 

 

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