Quase um mês após a abertura dos envelopes com a documentação exigida pelo edital da concessão pública dos transportes coletivos de Presidente Prudente, em 31 de julho, o longo episódio do certame ainda não chegou ao fim. Isso porque, de acordo com o diretor do Departamento de Compras e Licitação, Luiz Miguel Kalil Mello, existia a possibilidade de que com a publicação oficial do parecer da comissão, prevista para ontem, os envelopes com as propostas das taxas de passagens das duas empresas e do consórcio – se fossem julgados habilitados – seriam abertos hoje, contudo, tanto a publicação quanto a abertura dos envelopes foram postergados.
Como noticiado anteriormente, nesta concorrência pública para a prestação de serviços do transporte coletivo prudentino participam o Consórcio Terus, de São Bernardo do Campo (SP), composto por 57 empresas, além da Transporte Coletivo Passense Ltda, da cidade de Passos, em Minas Gerais, e DA Company Tur Transporte e Turismo Ltda (Pruden Express) – única empresa de Prudente que pleiteou a inserção no certame.
O diretor do Departamento de Compras e Licitação ainda afirma que, considerando alguma empresa habilitada já “marca-se para abrir o envelope com o valor proposto da passagem e finaliza-se o processo”. “Se tudo correr bem, daremos o próximo passo em direção à última etapa, mas somente com a publicação oficial no jornal do município. Por enquanto, a decisão está nas mãos da Secretaria Municipal de Assuntos Jurídicos e Legislativos”, expõe. A previsão é de que o parecer seja emitido ainda hoje.
Segundo Luiz, o item da próxima etapa a ser avaliado será o menor preço do transporte para os usuários, sendo o valor máximo de R$ 3,70, de acordo com a planilha da Semav (Secretaria Municipal de Assuntos Viários e Cooperação em Segurança Pública).
“O item da próxima etapa a ser avaliado será o menor preço do transporte para os usuários”
Luiz Miguel Kalil Mello,
diretor do Departamento de Compras e Licitação
Usuários
Para quem utiliza o transporte coletivo prudentinos, o processo de licitação está sendo “moroso”. De acordo com a dona de casa Maria Rosa de Lurdes, o certame deveria possuir mais agilidade na definição da empresa ou consórcio vencedor. “Estou aguardando o resultado de qual empresa será a vencedora. As atuais prestadoras do serviço deixam muito a desejar, tanto na qualidade do deslocamento, quanto nos horários dos carros”, diz.
A “precariedade” do transporte também fez com que a recepcionista Débora Aparecida Luz chamasse a atenção do poder público em relação aos ônibus nas redes sociais. “Mostrei a situação do nosso ônibus lotado em uma postagem, com o motorista exercendo dupla função, sendo condutor e também cobrador do veículo. É dever dos políticos fiscalizar os serviços que nos são prestados”, argumenta. Além disso, Débora reforça que é necessário também aumentar o número de carros disponíveis nos horários de pico para atender os usuários que utilizam o transporte diariamente em seus deslocamentos.
