Chamamento para concessão de resíduos sólidos na região deve ocorrer até final de 2023 

Em mais uma rodada de reuniões, Cirsop firmou parcerias com Arsesp, Green Eletron e Unoeste para dar prosseguimento no projeto de entrega da gestão do lixo urbano à iniciativa privada

REGIÃO - CAIO GERVAZONI

Data 21/03/2023
Horário 19:45
Foto: Caio Gervazoni
Encontro foi realizado na manhã desta terça, em Regente Feijó
Encontro foi realizado na manhã desta terça, em Regente Feijó

O Cirsop (Conselho Intermunicipal de Resíduos Sólidos do Oeste Paulista) realizou, nesta terça-feira, no Anfiteatro “Ofélia Sozzi de Godoy” Municipal de Regente Feijó, mais uma rodada de reuniões para discutir o projeto de concessão da operação dos resíduos sólidos à iniciativa privada em, ao menos, 13 cidades do oeste paulista. De acordo com o presidente do consórcio e prefeito de Álvares Machado, Roger Fernandes Gasques (PSDB), o chamamento da concessão deve ocorrer até o fim deste ano.
Durante a reunião, foram discutidos os detalhes de um projeto de lei regional - padronizado para cada município – de como será ordenada a cobrança de tarifas do serviço à população e empresas e a contribuição da Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo) no equilíbrio deste processo. Também foi assinado um convênio com a empresa Green Eletro, que atua na logística reversa de materiais eletrônicos, e com a Unoeste (Universidade do Oeste Paulista),. Além disso, foi colocado em pauta ao longo da reunião: o balanço financeiro do Cirsop em 2022 e o projeto FEP (Fundo de Apoio a Estruturação de Projetos de Concessão e Parcerias público-privadas) da Caixa com a apresentação do estudo elaborado para solucionar o problema dos resíduos dos municípios consorciados. “Com certeza é um grande passo para o consórcio para que nós possamos, de fato, colocar em prática o chamamento público para esta concessão regional”, ressaltou Gasques.
Segundo o diretor-executivo do Cirsop, Mateus Martins Godoi, a adesão da parceria institucional com a Green Eletron e a Unoeste, além de outras entidades, é importante para estruturar o projeto e fazer com que a concessão beneficie todos os segmentos da sociedade. “Além da adesão da parceria institucional com a Green Eletron, tivemos a adesão com a Unoeste [Universidade do Oeste Paulista]. A Unesp [Universidade Estadual Paulista] já vem há muito tempo conosco também. Então, dentro do conjunto de todas as entidades - como a Fiesp/Ciesp [Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo], as Associações Comerciais - é que a gente está fazendo o máximo possível nessa estruturação do projeto para ir para uma concessão beneficiando todos os segmentos da sociedade”, pontuou Godoi. 
Ele ressaltou ainda que é fundamental que os vereadores entendam como será feita a regulação da taxa/tarifa que será implementada e como cada setor irá pagar pelos resíduos sólidos. “Para que os vereadores façam as leis, eles têm que entender o que é esta regulação: como tem que ser feita; como o comércio irá pagar; como que as indústrias vão pagar os seus resíduos; como é que a população vai pagar; como a população mais carente vai pagar em cima desta tarifa social. Então, a Arsesp vai auxiliar-nos com este conjunto de informações, com os conhecimentos que eles têm, para elaborar estas leis”, explicou o diretor-executivo do consórcio.  

13 cidades participantes

As cidades que participam do consórcio são Álvares Machado, Alfredo Marcondes, Caiabu, Iepê, Martinópolis, Paraguaçu Paulista, Presidente Bernardes, Presidente Prudente, Presidente Venceslau, Rancharia, Regente Feijó, Santo Anastácio e Santo Expedito.

“Anos de negligência"

Vice-presidente do Cirsop e presidente da Unipontal (União dos Municípios do Pontal do Paranapanema), o prefeito de Presidente Prudente, Ed Thomas (sem partido), esteve presente no evento junto a membros da Secretaria de Meio Ambiente e falou, à Secom (Secretaria de Comunicação de Presidente Prudente), sobre a importância das ações do consórcio para ajudar a solucionar o problema dos resíduos sólidos, que afeta não apenas Prudente, mas também outras cidades da região. 
O chefe do Executivo prudentino afirmou que a cidade enfrenta uma situação complicada devido aos anos de negligência na gestão dos resíduos, mas que a licitação está em curso e será relançada em breve. “Prudente vive uma situação complicada, herança de vários anos, carregando o problema dos resíduos que não foi solucionado. Estamos com a licitação em curso, ela deverá ser relançada nos próximos dias. No entanto, os municípios buscam soluções paliativas até que o consórcio ofereça uma resolução definitiva para o problema”, pontuou Ed Thomas. 

Foto: Geraldo Gomes/Secom Prudente

Ed Thomas, vice-presidente do Cirsop e presidente da Unipontal, marcou presença na reunião

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