"Chapeuzinho Vermelho” é encenado hoje no Sesc

“Pais e filhos se divertem com a mesma piada e isso que nos motiva a continuar. O filho vê seu pai se divertindo e é algo sensacional", destaca.

VARIEDADES - Aline Martins

Data 22/06/2014
Horário 09:22
 

Diversão para a família toda. É o que garante Carla Candiotto, uma das diretoras e atriz da Cia Le Plat du Jour, em relação à peça "Chapeuzinho Vermelho", que é apresentada neste domingo, a partir das 15h, na Área de Convivência do Sesc Thermas de Presidente Prudente. A entrada é franca.

A encenação começa como uma grande brincadeira, onde duas palhaças descobrem um armário cheio de chapéus. Os chapéus definem os personagens: quando os colocam, tornam-se a Chapeuzinho Vermelho, o Lobo Mau, a Mãe, a Avó e o Caçador. Quando os tiram, transformam-se em palhaças, tornando-se clara a "brincadeira dentro da brincadeira", assim como a linguagem do teatro dentro do teatro.

Conforme Candiotto, a peça é recheada de humor e brincadeiras. "Pais e filhos se divertem com a mesma piada e isso que nos motiva a continuar. O filho vê seu pai se divertindo e é algo sensacional", destaca.

A atriz ainda frisa que esta peça é especial ao grupo, já que chegou a receber prêmios de melhor peça. "Criamos essa história na garagem de casa, sem pretensão. E tomou uma proporção que nos surpreendeu. Foi feita com prazer e acabou premiada", salienta. A companhia existe há quase 20 anos.

Jornal O Imparcial Peça da Cia Le Plat du Jour mostra duas palhaças que descobrem um armário cheio de chapéus

Baseados na versão dos Irmãos Grimm, a companhia inventou a própria versão de "Chapeuzinho Vermelho". Os recursos que utilizam são inúmeros, desde coreografias de dança e de movimentos clownescos até instrumentos musicais; passando pelo canto, pela farsa, mímica, a manipulação de objetos, teatro físico, pelo lúdico, nonsense... Enfim, pela linguagem do palhaço que tentam explorar em sua maior amplitude e abrangência.

Nesta versão de "Chapeuzinho Vermelho", a Le Plat du Jour, e o diretor Fernando Escrich, optaram por fazer um espetáculo divertido e visualmente interessante para crianças de todas as idades, sem perder de vista um fator muito importante: o de quem as leva ao teatro. E foi pensando nisso que idealizaram um espetáculo que possibilite também ao adulto o prazer de estar ali.

 

A companhia


A Cia Le Plat du Jour, formada por Alexandra Golik e Carla Candiotto, surgiu em Paris (França) no ano de 1992, onde começou a desenvolver uma linguagem cômica física, mais especificamente ligada ao palhaço. Lá atuaram na peça "Coup de Chance" (de Jean Henri Blumel). Em Paris, foi concebida a primeira versão de "As Filhas de Lear" (adaptação da tragédia Rei Lear dir.Gabriel Chamé Buendia).

Carla Candiotto retornou à Europa, onde atuou e criou espetáculos com a Cia Théâtre Sans Frontieres. "Candido" (Voltaire) Prêmio Eletric Award no Festival de Edimburgo, "O Corcunda de Notredame" (Victor Hugo), La Belle et La Bette", "Le Roi Fou", "The Day of the Dead" turnê pela Inglaterra, Escócia e  França. Em Paris, trabalhou com a Cia Fleur de Peau "Scarlett" e com a Cia Paris 21 " A Sala nº 6"  e "Cem anos de Solidão" .

Alexandra Golik continuou produzindo os espetáculos pela Cia Le Plat du Jour: "Comédias Exemplares" (Miguel de Cervantes), "Filme B" (Le Plat du Jour), "Woyzeck" (Georg Büchner), "Na Selva das Cidades", (Bertold Brecht), "Um Deus Cruel" (Alberto Guzik) e "Kilocaloria" (Alexandra Golik). Carla Candiotto retornou ao Brasil e junto a Alexandra Golik retomaram a parceria.
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