Cidades têm problemas com crack

REGIÃO - THIAGO MORELLO

Data 09/11/2017
Horário 11:09

Na 10ª RA (Região Administrativa) do Estado de São Paulo, cuja sede é Presidente Prudente, das 53 cidades, nove apresentam “nível alto” de problemas relacionados ao uso do crack, isto é, 16,98%. As informações são de mapeamento feito pela CNM (Confederação Nacional dos Municípios), que relaciona o consumo de entorpecente da região, conforme os dados alimentados pelas próprias prefeituras, assim como já foi tema de reportagens deste diário. São eles: Álvares Machado, Dracena, Irapuru, Martinópolis, Osvaldo Cruz, Pacaembu, Presidente Epitácio, Presidente Venceslau e Teodoro Sampaio.

Em busca de mudar o cenário local, o poder público mobiliza ações que combatam a disseminação da droga. Em Álvares Machado, por exemplo, a Assessoria de Imprensa comenta que a Divisão de Saúde atende média de cinco pessoas com dependência do crack e que encontra dificuldade para adesão dos usuários. Além disso, “orienta professores do ensino municipal a trabalharem projetos e temas transversais com alunos sobre o assunto”. Assim como em Martinópolis, onde a Prefeitura alegou que atua constantemente no combate e a população conta com o Caps (Centro de Atenção Psicossocial) AD II, atuando com a demanda espontânea.

Já o prefeito de Presidente Venceslau, Jorge Duran Gonçalez (PSD), afirma ter ciência do problema, no entanto, “a administração não está parada”. De acordo com ele, o município fez um levantamento para tentar detectar o local onde o consumo de drogas é mais acentuado. “Estamos desenvolvendo políticas dentro de áreas dessa região para verificar a causa disso e trabalhar a recuperação dessas pessoas”. Ele também enfatiza que estão sendo implantados o CEU (Centro de Esporte e Artes Unificados das Artes), Cras (Centro de Referência de Assistência Social) e o Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social), em prol dos usuários.

Em Teodoro Sampaio, o chefe do Executivo, Ailton Cesar Herling (PSB), atribui às divisões territoriais como uma das causas do problema, uma vez que a cidade fica próxima de fronteiras com o Paraná e o Mato Grosso do Sul. “Hoje a droga é barata e qualquer um compra. Nos anos 90, por exemplo, quem usava entorpecente era quem tinha um poder aquisitivo melhor. O fácil acesso também é prejudicial”, pontua.

Nos casos de Irapuru, Dracena, Pacaembu e Presidente Epitácio, até o fechamento desta edição, a reportagem não conseguiu contato. Em Osvaldo Cruz, a reportagem entrou em contato com a Secretaria de Assistência Social do município, porém, não houve recebimento de um posicionamento oficial.

 

OBSERVATÓRIO DO CRACK NA 10ª RA DO ESTADO

MUNICÍPIO

NÍVEL DOS PROBLEMAS

Adamantina

Médio

Alfredo Marcondes

Médio

Álvares Machado

Alto

Anhumas

Médio

Caiabu

Médio

Caiuá

Médio

Dracena

Alto

Emilianópolis

Médio

Estrela do Norte

Baixo

Euclides da Cunha Paulista

Baixo

Flora Rica

Médio

Flórida Paulista

Médio

Iepê

Baixo

Indiana

Médio

Inúbia Paulista

Médio

Irapuru

Alto

Junqueirópolis

Médio

Lucélia

Médio

Marabá Paulista

Não há dados

Mariápolis

Médio

Martinópolis

Alto

Mirante do Paranapanema

Médio

Monte Castelo

Médio

Nantes

Baixo

Narandiba

Não há dados

Nova Guataporanga

Médio

Osvaldo Cruz

Alto

Ouro Verde

Não há dados

Pacaembu

Alto

Panorama

Médio

Pauliceia

Médio

Piquerobi

Não há dados

Pirapozinho

Médio

Pracinha

Médio

Presidente Bernardes

Baixo

Presidente Epitácio

Alto

Presidente Prudente

Médio

Presidente Venceslau

Alto

Rancharia

Médio

Regente Feijó

Médio

Ribeirão dos Índios

Não há dados

Rosana

Médio

Sagres

Médio

Salmourão

Médio

Sandovalina

Não há dados

Santa Mercedes

Médio

Santo Anastácio

Não há dados

Santo Expedito

Baixo

São João do Pau D'Alho

Médio

Taciba

Não há dados

Tarabai

Médio

Teodoro Sampaio

Alto

Tupi Paulista

Não há dados

Fonte: Confederação Nacional dos Municípios

Publicidade

Veja também