Prevendo o futuro do desenvolvimento industrial em Presidente Prudente e região, o diretor regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Itamar Alves de Oliveira Jr., acredita que a Lei 17.557, de 21 de julho de 2022, que cria o Programa Estadual de Regularização de Terras, irá propiciar um “boom” da agroindústria no oeste paulista.
De acordo com Itamar, o desenvolvimento industrial da região, em seus 105 anos de história, está intrinsicamente ligado à produção agrícola e pecuária e que, apesar de diversificado, o setor industrial do município é associado à agroindústria até hoje. “Curtumes, frigoríficos, indústrias de rações, sal mineral, sementes de pastagem, usinas. Então, a nossa região, apesar de ser uma região industrial bem diversificada, ela tem no seu DNA a sua maior parte ligada à agroindústria”, enfatiza o diretor regional do Ciesp.
Para o gestor da entidade no oeste paulista, nos últimos 45 anos o problema da crise de falta de segurança jurídica no Pontal do Paranapanema foi um obstáculo para o desenvolvimento industrial da região. “Perante aos problemas fundiários, a gente acredita que a lei sancionada será de grande valia e de grande solução, e abrirá 1,2 milhão de hectares mais ou menos de área a serem regularizadas e que entrarão para a produção agrícola”, especula Itamar, o qual crê que, com a lei de regulamentação fundiária haverá um novo estímulo na agricultura que, consequentemente, propiciará a chegada de novas agroindústrias na região. “Irá dar um novo impulso no desenvolvimento regional e também na indústria propriamente dita”, pontua.
Somado a isso, o diretor regional do Ciesp complementa que o despertar da agroindústria passa pelo desenvolvimento de energia limpa, como a do gás metano, que já é utilizado pela Usina Cocal. “Isso também pode despertar o interesse de outras indústrias por energia a preço competitivo, a preço previsível e energia limpa”, ressalta Itamar. “Então, a gente tem algumas oportunidades nessa pós-pandemia e assim nós estamos confiantes que teremos novas oportunidades e, não só dentro da indústria, como isso afetará toda a região de maneira proativa”, complementa com otimismo o diretor regional do Ciesp no oeste paulista.
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