Ciesp prevê “boom” da agroindústria após lei de regularização fundiária

Itamar Alves de Oliveira Jr., diretor da entidade, prevê que crescimento do setor industrial na região de Prudente também passa pelo desenvolvimento de energias limpas

PRUDENTE - DA REDAÇÃO

Data 14/09/2022
Horário 06:29
Foto: Arquivo
Itamar: “Apesar de nossa região ter um setor industrial bem diversificado, ela tem no seu DNA a sua maior parte ligada à agroindústria”
Itamar: “Apesar de nossa região ter um setor industrial bem diversificado, ela tem no seu DNA a sua maior parte ligada à agroindústria”

Prevendo o futuro do desenvolvimento industrial em Presidente Prudente e região, o diretor regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Itamar Alves de Oliveira Jr., acredita que a Lei 17.557, de 21 de julho de 2022, que cria o Programa Estadual de Regularização de Terras, irá propiciar um “boom” da agroindústria no oeste paulista.
De acordo com Itamar, o desenvolvimento industrial da região, em seus 105 anos de história, está intrinsicamente ligado à produção agrícola e pecuária e que, apesar de diversificado, o setor industrial do município é associado à agroindústria até hoje. “Curtumes, frigoríficos, indústrias de rações, sal mineral, sementes de pastagem, usinas. Então, a nossa região, apesar de ser uma região industrial bem diversificada, ela tem no seu DNA a sua maior parte ligada à agroindústria”, enfatiza o diretor regional do Ciesp. 
Para o gestor da entidade no oeste paulista, nos últimos 45 anos o problema da crise de falta de segurança jurídica no Pontal do Paranapanema foi um obstáculo para o desenvolvimento industrial da região. “Perante aos problemas fundiários, a gente acredita que a lei sancionada será de grande valia e de grande solução, e abrirá 1,2 milhão de hectares mais ou menos de área a serem regularizadas e que entrarão para a produção agrícola”, especula Itamar, o qual crê que, com a lei de regulamentação fundiária haverá um novo estímulo na agricultura que, consequentemente, propiciará a chegada de novas agroindústrias na região. “Irá dar um novo impulso no desenvolvimento regional e também na indústria propriamente dita”, pontua.

Energia limpa

Somado a isso, o diretor regional do Ciesp complementa que o despertar da agroindústria passa pelo desenvolvimento de energia limpa, como a do gás metano, que já é utilizado pela Usina Cocal. “Isso também pode despertar o interesse de outras indústrias por energia a preço competitivo, a preço previsível e energia limpa”, ressalta Itamar. “Então, a gente tem algumas oportunidades nessa pós-pandemia e assim nós estamos confiantes que teremos novas oportunidades e, não só dentro da indústria, como isso afetará toda a região de maneira proativa”, complementa com otimismo o diretor regional do Ciesp no oeste paulista. 

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