Polo comercial da região, Presidente Prudente chega aos 105 anos tendo o varejo como um dos pilares de sua economia. Embora o setor tenha sofrido um forte abalo nos últimos anos em função do período pandêmico, lojistas gradualmente encontram formas de se restabelecer e manter as portas abertas para o progresso do segmento. É o que defende o presidente da Acipp (Associação Comercial e Empresarial de Presidente Prudente), Raul Audi, o qual aponta que o comércio pujante do município encontrou e vem encontrando novos caminhos após o abalo causado pela pandemia. “Nosso trabalho, enquanto entidade representativa dos interesses do empresariado, é seguir apoiando esse desenvolvimento com ações, produtos e serviços que colaboram para um comércio cada vez mais forte, e temos a confiança de que assim será”, considera.
O gestor da Acipp revela que a entidade está realizando uma pesquisa com seus associados, justamente para conhecer ainda melhor suas necessidades e expectativas e, assim, contemplá-las, no entanto, ressalva que nem tudo se soluciona em âmbito local. “Por isso fazemos parte da Facesp [Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo], onde lutamos por causas como a redução de impostos, por exemplo. É uma frente ampla de trabalho, uma luta incessante em prol do progresso, desde as micro e pequenas empresas, até as de grande porte. Se a pauta interessa aos seus associados e à comunidade, a Acipp sempre tem interesse em defendê-la”, enfatiza Audi.
Para o presidente do Sincomércio (Sindicato do Comércio Varejista de Presidente Prudente e Região), Vitalino Crellis, com o aumento da tecnologia nas últimas décadas, o comércio de Prudente passou por diversas mudanças na maneira de vender e comprar, fato, que segundo ele, fez do município um polo no setor de serviços na região. “A cidade cresceu, se desenvolveu, resultado de boas administrações que tivemos ao longo dos anos, que apoiaram e incentivaram o comércio local. O comércio de Prudente é referência em toda a região, se destacando na variedade de produtos e valores”, avalia Crellis. “Antes, apenas o comércio central era forte e aquecido. Hoje destacam-se também os comércios de bairros, como o Ana Jacinta, Cohab e da Avenida Paulo Marcondes, entre outros”, ressalta.
Passada a fase mais aguda da pandemia, o dirigente do Sincomércio avalia que o momento atual é de incertezas, muito devido à alta inflação do país, que deixa a perspectiva para o futuro um tanto quanto turva. “Estamos vivendo diante de muitas incertezas. O avanço da inflação, dos últimos anos, representa uma dificuldade no poder de compra da sociedade, mas a amenização nesse movimento, que já podemos observar, dará alento no momento de consumo. Hoje o excesso de estoque significa recurso parado, diferente de antes. O preço das mercadorias está alto devido à falta de produção nos últimos anos, principalmente com a pandemia”, expõe Vitalino Crellis.
No ponto de vista do presidente do Sincomércio, a dificuldade em ter perspectivas claras para os próximos anos depende dos acontecimentos políticos em todos os níveis e das escolhas dos representantes. “Precisamos de medidas que incentivem a produção, proporcionem liberdade para o comerciante e facilite o consumo, a compra e a venda”, avalia.
