A coligação "Prudente é +" (PMDB/PSDC) protocolou, no cartório da 101ª ZE (Zona Eleitoral), em Presidente Prudente, uma Aije (ação de investigação judicial eleitoral) que acusa o prefeito eleito, Nelson Roberto Bugalho (PTB), seu vice, Douglas Kato Pauluzi (PTB), o atual chefe do Executivo, Milton Carlos de Mello, Tupã (PTB), e o candidato a uma cadeira no Legislativo, Valter Nestor da Silva (PTB), de utilizarem as dependências e verbas do Setor de Alimentação Escolar da Prefeitura para, segundo a ação, alimentar cabos eleitorais e funcionários públicos que trabalharam na campanha política dos representados.
Na Aije, o advogado da coligação "Prudente é +", Anderson Martins Peres, pede a cassação dos registros de candidatura dos candidatos que disputaram a eleição, além de julgamento de inelegibilidade de Tupã. Relata que seus clientes, o terceiro colocado no pleito, Agripino de Oliveira Lima Filho (PMDB), e seu vice, Carlos Frederico Machado Dias, teriam recebido, por uma caixa de Correios, "documentos que, em tese, contêm indícios gravíssimos de crimes eleitorais". Tais provas seriam "imagens impressas" de "canhotos de autorização para pessoas almoçarem no Setor de Alimentação Escolar", sendo para 51 servidores, no dia 16 de setembro, 58 no dia 20 e 52 no dia 28. "Juntamente aos canhotos há diversos ‘santinhos’ dos candidatos Nelson Bugalho e Valtinho, que ocupava justamente o cargo de coordenador de gestão de alimentação escolar", expõe. "Há desvio de alimentos que são destinados à alimentação escolar para alimentar cabos eleitorais e funcionários que trabalham na campanha, num nítido desvio de finalidades", complementa.
"Avante Prudente"
O chefe de cartório da 101ª ZE (Zona Eleitoral), Fabiano de Lima Segala, explica que, seguindo os trâmites legais, expediu os mandados de notificação dos representados, os quais, após conhecimento da ação, terão prazo de cinco dias para apresentação de defesa. O advogado da coligação "Avante Prudente" (PDT/PTB/PSC/PV/PCdoB/PHS/PMB/PR/PSDB), Alfredo Vasques da Graça Junior, que representa Nelson Bugalho e Douglas Kato, informa que ainda não conhece o teor da ação. "Não fomos citados e não temos conhecimento do que foi alegado", frisa.
Tupã, por meio da Secom (Secretaria Municipal de Comunicação), declara esperar o andamento da ação. "Que a investigação seja feita caso proceda a reclamação", destaca. Para tratar do assunto, a reportagem entrou em contato com Valter, que não atendeu e nem respondeu mensagens ao seu celular. Em contato com o Paço Municipal, foi informada que o mesmo não trabalha mais para a Prefeitura.
Outra Aije
Como noticiado em
O Imparcial, a coligação "Avante Prudente" também move uma Aije que pede a produção de prova pericial médica para atestar suposta "incapacidade absoluta" de Agripino. Ainda solicita que, com a possível comprovação de que o então aspirante ao Executivo esteja com uma doença chamada demência senil, a Justiça Eleitoral declare sua inelegibilidade, além de cassar o registro de candidatura de Carlos. Tal ação, conforme Fabiano, está na mesma fase da Aije proposta pela coligação "Prudente é +", na qual os representados devem ser intimados.