Com atraso, FCT/Unesp inicia ano letivo em PP

“Acredito que no próximo ano tudo estará normalizado e o calendário será como sempre foi", frisa o diretor da Unesp em Prudente.

PRUDENTE - Rogério Lopes

Data 28/04/2015
Horário 07:56
 

Para 3,1 mil universitários, sendo 640 dos 12 cursos da FCT/Unesp (Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Estadual Paulista), campus de Presidente Prudente, o ano letivo começou ontem. Isso porque, o calendário da instituição foi todo reestruturado, devido aos 117 dias de greve de professores e funcionários da universidade, realizada em 2014. Enquanto em muitas unidades de ensino superior, os estudantes fazem as primeiras provas, na FCT/Unesp, as atividades de recepção dos 640 novos alunos e as aulas dos termos seguintes – para os veteranos – estão apenas no começo.

Mesmo com este "atraso", o diretor e professor do campus prudentino, Marcelo Messias, esclarece que tudo está dentro do planejado e que não haverá prejuízos quanto ao ano escolar. Ele explica que as aulas perdidas em 2014 foram todas repostas entre janeiro e março deste ano. Após isto, houve um recesso nos primeiros dias de abril, para que os estudantes pudessem descansar e reiniciar as atividades do termo posterior. "Prossegue de acordo do estipulado, logo após o fim da greve", cita.

Jornal O Imparcial Estudantes participaram de trote na rotatória do museu

Messias explica que o calendário estudantil de 2015 será da seguinte forma: ontem, foi o início do ano letivo, que prossegue até 3 de setembro – com as provas de recuperação. Após o período, os alunos entram de férias, entre os dias 4 e 18 do mesmo mês. O segundo semestre começa em 21 de setembro e prossegue até 1º de fevereiro de 2016. Para os que precisam passar pelo regime de recuperação, o período vai até o dia 15. Depois disso, há o recesso e a previsão de retorno, como de costume, dentro da normalidade da faculdade, é iniciar as aulas em março. "Acredito que no próximo ano tudo estará normalizado e o calendário será como sempre foi", frisa o diretor da Unesp em Prudente.

 

Estudantes


Para a maioria dos estudantes, tanto veteranos quanto os calouros, mesmo causando prejuízos, "a greve atingiu os objetivos a que foi proposta" (os grevistas pediam reajustes salariais, do tíquete-alimentação, valorização do ensino, qualidade na estrutura física e educacional da universidade, entre outras reivindicações), e, por isso, foi "justificável".

Para a estudante de Engenharia Ambiental, Isabella Pelegrino Bonalumi, 20, mesmo com o atraso dos estudos, a manifestação foi "necessária", pois acredita que os docentes "devem buscar seus direitos e pedir uma educação de qualidade para os alunos".

Já os calouros Jorge Sampaio, 18, e Gabriel Martins, 19, apontam que o atraso prejudica os alunos e compromete o calendário, mas, assim como dito pela veterana Bonalumi, se foi para algo concreto e que era de direito dos grevistas, o ato "foi devido", esclarecem.

Entre as amigas Yasmim Zampieri, 20, e Pámela Ng, 18, ambas de São Paulo, a opinião se diverge. Enquanto Zampieri diz que, no começo, apoiou a greve, mas depois sentiu a dificuldade devido ao atraso das aulas,  Pámela Ng diz que era contra, pois acredita que é algo que "nunca surte muitos resultados e que os alunos perderam muito tempo com isso".

 

Programação


O certo é que as atividades na FCT/Unesp, mesmo com tal atraso, começou com "todo gás". Ontem, além das atividades de "boas-vindas", os novos universitários conheceram a estrutura do campus, assistiram uma apresentação de dança e alguns participaram de um trote – fora da instituição, nos semáforos da rotatória do Museu e Arquivo Histórico Prefeito Antonio Sandoval Netto.

As atividades prosseguem durante a semana, com palestras, oficinas, debates, trote solidário, Inter Bixo 2015, entre outras ações. Para os veteranos, também há atividades, porém, o conteúdo em sala de aula já está em andamento.

 

Trote solidário


Devidamente identificados, alunos de diversos cursos da Unesp participam hoje, das 14h às 18h, do trote solidário. A iniciativa visa arrecadar alimentos não perecíveis nas imediações do campus da universidade, situada no Jardim das Rosas, para serem entregues a entidades carentes. No ano passado, o trote solidário resultou na arrecadação de 300 quilos de alimentos.
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