Querido por uns, odiado por outros, o horário brasileiro de verão tem início à meia-noite de hoje. Mas a população não deve se espantar se, ao passar em frente às vitrines das relojoarias de Presidente Prudente, não encontrar os relógios já ajustados 1 hora à frente. Também não deve estranhar se o relógio da Catedral de São Sebastião não emitir suas badaladas de forma a orientar as pessoas sobre o horário exato. Lojistas afirmam que não há pressa em preparar a loja para receber o horário. Já o relógio da matriz está em manutenção.
Na loja de Vieira, apenas relógios de parede serão ajustados
Faltam poucas horas para o início do horário brasileiro de verão e na Relojoaria Technos, funcionários estão tranquilos em relação a isso. Isto porque, por ordens do proprietário da loja, Augusto Carlos Vieira, 55 anos, apenas as peças de parede que ficam à exposição dos clientes terão a hora acertada. "Para nós, adiantar ou atrasar os cerca de 1,5 mil relógios que temos é irrelevante. Podemos fazer isso no ato da venda", diz.
Já na Relojoaria Nippon, apesar de não ter pressa em efetuar a ação, a gerente Elizabete Mitie Hosogawa começou ontem a adiantar a hora nos relógios que possui no estabelecimento. Conta que a prioridade é ajustar as peças maiores, mas lembra que o procedimento já foi aplicado também nos digitais. "Não vamos correr para adiantar o horário e nem deixar de atender aos clientes para fazer esse trabalho. Durante a semana, vamos fazendo aos poucos", diz.
Responsável por adiantar o relógio mais famoso da cidade, Carlos Eduardo Correa Veiga, 27 anos, terá uma folga este final de semana e, pelo menos por enquanto, não precisará subir os cerca de 170 degraus para ajustar os ponteiros da máquina que funciona no topo da catedral, na Praça Monsenhor Sarrion. "Já tem um mês que ela está no Rio Grande do Sul em manutenção, acho que chega a Prudente em uma semana", espera. Quando a situação estiver normalizada, Veiga tem a responsabilidade de sincronizar os ponteiros do relógio com a hora marcada, digitalmente. "E ainda, toda semana, devo voltar lá para cima, a fim de dar corda nos ponteiros", acrescenta.
Opinião
A cozinheira Maria Claudimeire Santos, 37 anos, reclama do fato de perder uma hora de sua noite. Se ela pudesse escolher, diz que extinguiria o horário de verão. "Tem que levantar mais cedo, demora a escurecer. Não gosto mesmo deste horário", sustenta.
Já o estudante Rafael Henrique Nicolau, 20 anos, relata que, para ele, o horário de verão "é muito mais proveitoso". Na primeira semana é ruim, mas depois acostuma", conta.
Para quem não tem mais compromisso com trabalho ou estudos, o fato de ter adiantar o relógio não faz diferença. "Não tenho hora para deitar, tampouco para levantar. Também não tenho mamadeira para fazer. Para mim, tanto faz", declara.
