A Polícia Civil de São Paulo deflagrou, nesta quarta-feira, a segunda fase da Operação Pothos, com o objetivo de cumprir mandados de prisão e busca e apreensão em seis cidades do Rio Grande do Sul, onde moram possíveis integrantes de uma associação criminosa voltada à prática do crime de "sextorsão". A operação investiga uma associação criminosa voltada à prática de crimes de extorsão em que homens são atraídos por perfis falsos de mulheres nas redes sociais e induzidos à troca de fotos, popularmente, conhecidas como “nudes”, por meio de aplicativos de conversas.
A empreitada virtual criminosa fez duas vítimas em Presidente Venceslau e uma em Teodoro Sampaio, golpes nos quais o grupo extorquiu mais de R$ 120 mil.
A operação envolveu a Central de Polícia Judiciária de Presidente Venceslau, a Delegacia de Investigações Gerais de Presidente Venceslau e a Delegacia de Polícia de Teodoro Sampaio, com apoio da Polícia Civil do Rio Grande do Sul. A ação visa identificar todos os envolvidos e recuperar o dinheiro das vítimas. A polícia também identificou o provável envolvimento de um sentenciado que cumpre pena junto ao Instituto Penal de Charqueadas (RS) e de outro custodiado na Penitenciária Estadual de Taquara (RS).
Com as prisões efetivadas, oitivas dos investigados e análise dos materiais apreendidos, a Polícia Civil Paulista espera que os casos sejam integralmente esclarecidos, com a identificação de todos os envolvidos e na recuperação do que foi extorquido pelo grupo.
De acordo com a Polícia Civil, os golpistas, sob a posse das imagens trocadas, criam todo um cenário para a execução da extorsão com a participação de personagens fictícios: uma suposta mulher, que alega ser menor de idade, familiares, advogados e até policiais. A partir daí, os golpistas passam a exigir das vítimas, a transferência de valores para que as imagens e as conversas não sejam levadas ao conhecimento das autoridades. Temerosas, as vítimas acabam cedendo às exigências e realizando as transferências bancárias.
De acordo com a Polícia Civil, a operação denominada “Pothos” é uma alusão ao deus grego da paixão, anseio e desejo. Na mitologia grega, “Pothos” inspirava sentimentos de intensa saudade de alguém ausente ou inatingível. Ele era responsável por controlar seja um homem ou uma mulher que se sentia atraído (a) por outra pessoa.
Foto: Reprodução/Polícia Civil
Com prisões efetivadas, oitivas dos investigados e análise dos materiais apreendidos, polícia espera que casos sejam integralmente esclarecidos