Compositor de PP homenageia cidade com música

Flávio Batera fala que além do amor pelo município, o que lhe deu um “start" para a criação foi a proximidade dos 100 anos

VARIEDADES - Oslaine Silva

Data 21/09/2014
Horário 10:05
 

Homenagear Presidente Prudente que, em breve, comemorará seu centenário. Este foi o desejo de Flávio de Jesus Rolo, mais conhecido como Flávio Batera, ao compor a música "Horizonte Sertanejo", que teve como intérpretes os cantores prudentinos Sofia Moreno e Diego Villas Bôas. Segundo ele, a canção foi inspirada no significado e na importância que a cidade tem em sua vida. Natural de Adamantina, ele veio ainda garotinho para cá, com apenas 6 anos de idade, então considera esta como sua terra, onde foi criado e fincou raízes.

O artista comenta que, além de todo amor e paixão pelo município, o que lhe deu um "start" mesmo para compor esta música foi a proximidade dos 100 anos de desenvolvimento, evolução e acolhimento. Falando sobre a canção, ele ressalta que a maioria dos poetas e escritores nem sempre deixa explícito nas palavras o que querem, o mesmo ocorreu com ele em "Horizonte Sertanejo", que tem muito dessa terra, nas entrelinhas.

Jornal O Imparcial Como músico, em estúdio profissional, Flávio Batera grava a canção "Horizonte Sertanejo"

E expõe que aborda a história do ponto de vista do desenvolvimento histórico, permeado de muita história. "O título, por exemplo: ‘horizonte’ é alvo de sonhos, buscas, conquistas... E o sertanejo é nossa gente que na canção viajo entre o passado e o presente de realizações", frisa.

Revelando uma felicidade imensa no falar, Flávio Batera expõe alguns trechos da música explicando que tem uma pitada na questão geográfica onde se refere ao oeste paulista em que a cidade está inserida. No final do arco que o sol enverga no céu, existe um pote de ouro, de leite e de mel. "O ouro significa o prêmio do sonho, da conquista. O mel a qualidade de vida que a cidade oferece e o leite refere-se à riqueza agropecuária da região. Essa visão, binômio leite/mel vem desde a antiguidade. Tanto que uma das características da ‘terra prometida’ era de que esta era rica em ambos os alimentos", destaca.

Uma das expressões que ele pontua como chave é "terra boa", citada várias vezes, numa dela fazendo uma inversão: "... no trilho dos rios no leito dos trens...". "Uma forma de destacar a expressividade e importância dos rios e da ferrovia para Prudente e todo o oeste paulista", acentua.

Outra passagem que ele diz gostar muito é: "... Há um jardim no sertão com flores vestidas de noiva bailando ao som do pilão...". "Ou seja, as tantas plantações de algodão e café que campos e mais campos cobriram", salienta.

 

Satisfação


Flávio Batera não esconde a satisfação em ter composto esta canção. E deixa escapar um brilho no olhar ao relembrar o trecho "...casa de peregrinos, sombra pros retirantes...", lembrando-se dos milhares de estudantes que passam pela cidade. "A cidade é boa não só para os que ficaram, mas para aqueles que por aqui estiveram por algum tempo. Isso porque é um lugar de pessoas acolhedoras!", exclama.

E declama em seguida que o centenário: "...um dia já foi menino, agora serás gigante. O sol nasceu para todos e aqui tem um sol pra cada um. Eh, terra boa, chão quente, mexendo com a gente...". "Isso que dizer que todos têm oportunidades. E além do calor humano, o clima sempre quente que bem define nossa cidade", denota.

E complementa: "Não sou cantor. Posso ser chamado de ‘músico prático’. Em outras épocas, já toquei meu violão, bateria e contrabaixo em vários bares da cidade. Hoje invisto nas composições e escolho bons cantores para elas, como a Sofia, que traz com estilo a MPB e o sertanejo e, o Diego, todo romantismo", revela.
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