Conhecimento e verdade

Já ouviram aquela expressão: “Ele é onipotente e arrogante, parece ser o ‘dono da verdade’”? Realmente, as relações sociais possuem diversidades em sua forma de interação, integração e são constituídas por grupos, pares ou indivíduos agrupados por identificação em suas infinitas características. Há sempre, quem realmente atua como um líder e deseja imperar em soluções determinantes e até dogmáticas. Muitas vezes, há soluções interessantes, ideias férteis e transformadoras. E outras estéreis, rasas, absurdas e que são impostas. 
Há sempre a presença da estupidez liderando e impondo “verdades absolutas”. Liderança emerge, democraticamente, no grupo. Conhecimento está, relativamente, imbricado com a verdade. Há conhecimento (conceito) em que houve a interferência do tempo, afetando a realidade e a verdade caiu por terra. Divido um pensamento, muito interessante relacionado com a verdade, conhecimento e autoridade: “O pior inimigo do conhecimento, responsável pelo maior atentado à verdade, tem sido a adesão peremptória à autoridade e, mais especificamente, a instalação de nossa crença baseada em ditados da Antiguidade”. (Thomas Browne, 1605-1682).
Peremptório significa algo que é determinante, que decide, determina, definitivo, decisivo, categórico e dogmático. No contexto atual, devemos refletir sobre o conhecimento e a verdade. Incertezas e dúvidas pauteiam nossa realidade. Há uma realidade muito presente em nossas experiências atuais que evidenciam que não há verdades últimas e absolutas. A pandemia Covid-19 foi um fenômeno em que dúvidas e incertezas imperaram nossa realidade. A medicina, ciência e pesquisa mergulharam por algum tempo, num “não saber” e no total desconhecimento. Há muitas verdades e conhecimentos, ainda pugnando por nascerem, ainda em formas embrionárias. E há muitas crenças antigas que já não fazem mais sentido em nossa realidade ou contemporaneidade. E há as imutáveis. 
Uma outra frase de Thomas Browne diz assim: “Todas as maravilhas de que você precisa estão dentro de você”. E assim, penso que, você pode ser bem-sucedido, se ninguém mais acreditar em você; no entanto, jamais o será se não acreditar em si mesmo. A convivência entre diferentes culturas necessitará de compreensão mútua, respeito e muito diálogo.


 

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