Atitudes consideradas valiosas, estariam caindo no esquecimento? Eu preocupo muito com as formas como reagimos diante das demandas do outro. Capacidade para pensar, antes da precipitação ou impulsividade seriam fundamentais. Penso que o respeito e a solidariedade, assim como a generosidade, atenção, envolvimento etc., são formas de fertilizar o amor e estimular as relações como as sociais, familiares, educacionais, profissionais, conjugais, comerciais etc. Hoje desejo enfatizar as relações comerciais envolvendo as performances e atitudes dos atendentes, funcionários ou colaboradores que convivemos, diariamente, no comércio em geral, como por exemplo: lojas de artigos masculino, feminino como sapatos, joias, roupas, brinquedos, consultórios, salão de beleza e também, as lojas de materiais de construção, pet shop, alimentação e todos os outros, envolvendo o binômio vendas- relacionamento humano. Há velhos costumes que deveriam jamais tornarem-se obsoletos. O refinamento, bons modos e sensibilidade estão rareando definitivamente. Esses dias entrei num comercio X e ao adentrar observei que todos os funcionários se encontravam atrás de seus “púlpitos” manuseando os seus computadores. E permaneciam congelados, feito pinguim na zona da Antártida. Fui aproximando e indaguei se “eram vendedores”. Um deles, meio desenergizado, disse sim. Perguntei se haviam determinados produtos que precisava e o funcionário confirmou. Confesso que fazia bastante tempo que não entrava na loja. Já estive lá há muito tempo e me senti satisfeita com o atendimento. Ele realizou todo o processo e finalizei o pagamento no caixa. Eram alguns produtos pesados e desajeitados. O funcionário os trouxe e entregou na minha mão. Eu fiquei surpresa, pois pensei que ele fosse levar a mercadoria até o carro. A loja estava totalmente desvitalizada. E não é só lá. Observo que muitos comércios estão, sem a menor intenção de agradar, cativar e fazer com que o cliente permaneça satisfeito. Estaríamos caminhando em direção aos robôs ou os chamados “mercados livres”, dos efeitos à distância? Claro que existem as exceções. Não podemos generalizar. Esses dias, comprei duas mudas de azaleias e pedi para o funcionário da empresa plantar no vaso. O manejo e o cuidado com a planta, a terra e as pedras no fundo do vaso, considerei impossível não observar. Parecia que estava lidando com um bebê recém-nascido. É preciso despertar, pois grandes conceitos, modelos e clichês originam-se de uma série de pequenas ações, hábitos e costumes tanto positivos como negativos. Duas virtudes que sempre irão contribuir para um bom feedback são: empatia e carisma. Olhar nos olhos, apertar as mãos, ir em direção ao cliente, gentilezas, discrição etc., são também essenciais. O setor de vendas é como um bebê recém-nascido, exige um constante envolvimento e vigilância. Ele demanda um investimento braçal, operativo, emocional e a presença de um líder democrático. Liderança é motivar e influenciar os funcionários de maneira ética e positiva, também contribuir para o entusiasmo de todos, impulsionando o alcance de resultados positivos para a empresa ou organização. A pandemia potencializou ainda mais o comercio à distância (delivery), que já estava em ebulição e tornou-se inevitável seu índice em progressão geométrica. Penso que todas as formas relacionadas às vendas, deveriam ter um toque humano, chamado bom senso, envolvimento e bom humor.