Contas são pagas graças ao planejamento de 2014, dizem prefeitos

REGIÃO - Rogério Lopes

Data 24/07/2015
Horário 09:32
 

Em algumas prefeituras da região, mesmo com os problemas enfrentados pelo enfraquecimento da economia brasileira, as receitas conseguem suprir as despesas mensais graças ao planejamento orçamentário feito em 2014. Segundo os gestores municipais, se não fosse esta antecipação, decorrente de redução de gastos, a situação financeira, "que já é complicada, estaria muito pior", comprometendo o pagamento em vários setores da administração pública.

Os prefeitos informam que, prevendo que a economia do Brasil iria piorar, resolveram colocar em prática ações que ajudassem a diminuir as despesas e um conjunto de orientações e informações foram repassadas aos servidores, com o intuito de receber a colaboração e ajuda dos funcionários.

A principal iniciativa adotada pelos Executivos municipais foram ações para economizar nas contas de telefone, combustível, água e luz, procedimentos que todos podem dar uma parcela de ajuda. Fora esta, outras atitudes foram tomadas – seja de maneira informal, a partir de reuniões com os secretários e autoridades da prefeitura, ou por meio de decretos – como, por exemplo, o corte de horas extras e redução de jornada de trabalho.

 

"Atentos"

Em comum, os chefes dos Executivos que adotaram medidas para contenção de despesas em 2014, demonstraram estar "atentos" ao que as cidades viveriam em 2015. O prefeito de Presidente Venceslau, Jorge Duran Gonçalez (PDT), afirma que, devido aos procedimentos colocados em prática no ano passado, a cidade mantêm os pagamentos em dia. "Prevemos que a instabilidade financeira iria piorar", frisa o gestor.

Ao contrário de muitas cidades, a prefeita de Quatá, Luciana Guimarães Alves Casaca (PSDB), esclarece que, neste ano, a situação da cidade está melhor que 2014, devido às medidas tomadas anteriormente. Ela esclarece que, embora ainda esteja abaixo do esperado, a arrecadação municipal apresentou progresso e, junto com as iniciativas para diminuir as despesas, deixou a cidade em uma situação mais estável. "Mas prosseguimos com ações de economia", acrescenta.

 

Momento complicado

Tanto nas prefeituras que se anteciparam à crise econômica quanto nas demais que integram a Unipontal (União dos Municípios do Pontal do Paranapanema) e a Amnap (Associação dos Municípios da Nova Alta Paulista), as medidas para corte de despesas continuam.

O presidente Unipontal e prefeito de Regente Feijó, Marco Antônio Pereira da Rocha (PSDB), diz que "as prefeituras vivem um verdadeiro blecaute". Ele explica que as medidas adotadas pelas administrações municipais foram necessárias e é uma "válvula de escape" para manter os pagamentos.

Já o presidente da Amnap e prefeito de Junqueirópolis, Helio Aparecido Mendes Furini (PSDB), lembra que, com o passar dos anos, mais responsabilidades, que antes eram do Estado e da União, foram repassadas para os municípios, sobrecarregando as administrações. "Assumimos mais responsabilidades", acrescenta. Com isso, ele menciona que a situação ficou e está cada vez mais complicada.
Publicidade

Veja também