Copa 2015 resgata kartismo prudentino

“Estão de parabéns, ficou muito legal. Estou participando desde o começo, e não deixa a desejar em nada para grandes competições, fala Dragueta, que há 15 anos deixou a arquibancada e iniciou no esporte. “Vinha assistir e me interessei e peguei o gosto", lembra.

Esportes - Jefferson Martins

Data 01/03/2015
Horário 07:45
 

Jornal O Imparcial Pilotos e mecânicos preparam kart para a primeira etapa da Copa, que termina em novembro

 

Ajeitar luvas e macacão, colocar o capacete e acelerar. Dessa forma, os 50 pilotos, que foram divididos em quatro categorias – F4 sorteada, 125 A, F4 sport e F25 Honda –, participaram ontem, no Kartódromo Ayrton Senna, no Parque Ecológico da Cidade da Criança, da primeira etapa da Copa Kart 2015. Os cinco primeiros colocados sobem ao pódio e os 18 melhores somam pontos para o último período que será em 7 de novembro, quando o grande campeão levanta o troféu.

Amante da velocidade, Rafael Dragueta de Oliveira, 29, de Presidente Prudente, que atua na classe F4 sorteada, espera uma disputa bem equilibrada. "O campeonato é interessante. Bem equilibrado, jogo de pneu, motor, então, vai depender muito de cada piloto", ressalta sobre a sua categoria, que o kartista faz a inscrição com a compra do motor e entrega para a organização. Antes da tomada de tempo, os motores que são iguais, são sorteados, para que haja equilíbrio.

"Tudo é feito em transparência. Ele chega aqui apenas com o kart. A gente sorteia para ele treinar e novamente sorteia para que vá para a competição, tudo para que haja um equilíbrio", afirma César Ricardo Vascelli, responsável pela F4 sorteada. O organizador ainda conta que isso fortalece a competitividade dentro das pistas, já que vai depender de cada um. "Todos são iguais, o que vai ser diferente é a regulagem no kart e o braço do piloto", brinca.

 

Estrutura diferenciada


Assim como em grandes competições de automobilismo, no kart não é diferente, e existem paddocks, mecânicos, tudo para que os carros fiquem preparados para fazer o melhor dentro das pistas. Bastidores que deixam o piloto ambientado, principalmente na fórmula que ocorrem as provas.

"Estão de parabéns, ficou muito legal. Estou participando desde o começo, e não deixa a desejar em nada para grandes competições, fala Dragueta, que há 15 anos deixou a arquibancada e iniciou no esporte. "Vinha assistir e me interessei e peguei o gosto", lembra.  

Também piloto na categoria sorteada, Marcos Mariano Júnior, 16, que há um ano e meio começou a correr inspirado no pai, compara inclusive as etapas do Campeonato Nacional. "Ficou bem legal, bastante iluminado, está bem legal, comparo até com o campeonato Brasileiro", comenta e pelo menos no discurso, aparenta estar afinado. "Treinei bastante, me dediquei muito e vim preparado para ganhar", afirma o jovem.

Os kartistas participaram de quatro treinos livres e uma tomada de tempo, que definiu o grid de largada. Cada etapa tem duas baterias de 20 voltas. Até o fechamento desta edição, os pilotos das quatro categorias estavam nas pistas durante a prova de abertura.

Entretanto, o kart não se mostra uma modalidade barata, pois demanda investimento de uma série de fatores. "Um jogo de pneus dá para ser usado em quatro etapas. Se for competir de verdade, em várias provas, o custo pode chegar a R$ 1,5 mil por etapa", revela Varscelli. Ele conta ainda que para adquirir um kart, pode variar entre R$ 8 e R$ 11 mil. "Ou um usado que é possível encontrar um por até R$ 6 mil", completa ele que também é piloto.

 

Fomento da categoria


Segundo Adolfo Padilha, diretor-executivo do Gepron (Instituto de Gestão de Projetos da Noroeste Paulista), que administra o parque, o objetivo da Copa é fomentar a modalidade, que há 10 anos teve diminuído o número de adeptos. "Já chegamos a ter um grande número de kartistas aqui em Prudente. Queremos ativar mais esse departamento de lazer. E, além disso, também fomenta o turismo no parque", pontua.

O diretor fala ainda que estão sendo realizadas iniciativas que visam aproximar do esporte, quem nunca se aproximou do kart. "Estamos realizando uma parceria para oferecer o kart indoor. Onde é possível a pessoa que nunca correu, poder sentir a emoção da velocidade", acrescenta o gestor. Segundo o trajeto, ele diz que tudo foi pensado, visando o bem estar do piloto, tanto que para isso as provas são desenvolvidas no período noturno. "Visão nunca é igual durante o dia. A temperatura é mais baixa, o que deixa tudo em condição de igualdade. A pista é conhecida por desafiar o piloto, já que tem oito quebradas de curva, e isso vai necessitar de braço. Além de deixar o piloto bem cansado", completa.

 

 

SAIBA MAIS

APOIADORES

A competição é uma realização em conjunto da Associação de Kartistas, Parque Ecológico Cidade da Criança e Prefeitura de Presidente Prudente. Apoiam o campeonato, a Oeste Saúde e a Prátika Vistoria Veicular.
Publicidade

Veja também