O delegado Luis Otávio Forti, que atuava na Delegacia de Polícia de Pirapozinho, foi investigado por suposta corrupção e o inquérito referente ao caso será relatado à Justiça ainda hoje, na 3ª Vara de Presidente Prudente, com o pedido de afastamento preventivo do delegado. A informação é da delegada Sandra Cristina Tartari Fernandes, titular da 8ª Corregedoria Auxiliar da Polícia Civil, responsável pela apuração, e foi transmitida pela SSP (Secretaria de Segurança Pública) do Estado de São Paulo. O caso deve correr em segredo de Justiça.
O que, de fato, teria ocorrido para que Forti fosse investigado não foi revelado pela SSP. O delegado, que atualmente está lotado na Delegacia Seccional de Presidente Prudente, está em férias e, contatado pela reportagem, disse que a investigação foi instaurada por conta de uma denúncia "caluniosa". "Me colocaram nessa situação e não é o que ocorreu, o que foi feito de acusação foi mendaz e, por cautela, eu pedi meu afastamento", defende-se Forti.
A delegada responsável pela Seccional de Prudente, Ieda Maria Cavalli de Aguiar Filgueiras, destaca que ainda não foi informada a respeito da investigação e que Forti a contatou, há cerca de 20 dias, solicitando o afastamento com a intenção de usufruir um período de licença. "Ele me procurou dizendo que tem a intenção de se aposentar e pediu para tirar os 10 meses de licença aos quais tinha direito", explica a delegada.
Por conta disso, o delegado Marcelo Silva Constantine, que atuava em Presidente Bernardes, assumiu o cargo antes ocupado por Forti, em Pirapozinho. A mudança foi confirmada após publicação oficial ocorrida no sábado.
"A Corregedoria é um órgão que responde diretamente à SSP e, por isso, não acompanhamos essas investigações", explica Walmir Geralde, diretor do Deinter-8 (Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior 8), ao ser questionado sobre o caso.
